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BNDES financiará transportes e energia na América do Sul

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) decidiu financiar projetos de infra-estrutura de transportes e de energia nos países da América do Sul. A disposição de que o banco tenha um importante papel no esforço de integração do continente foi anunciada nesta quarta-feira, dia 6/8, pelo presidente da instituição, Carlos Lessa, na abertura […]

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h40.

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) decidiu financiar projetos de infra-estrutura de transportes e de energia nos países da América do Sul. A disposição de que o banco tenha um importante papel no esforço de integração do continente foi anunciada nesta quarta-feira, dia 6/8, pelo presidente da instituição, Carlos Lessa, na abertura do I Seminário Internacional de Co-Financiamento BNDES/CAF: prospecção de projetos de integração física sul-americana, que será realizado até esta sexta-feira na sede do banco, no Rio de Janeiro. Nossas potencialidades de comércio com os países vizinhos não se manifestarão se não houver uma boa infra-estrutura nos integrando , disse Lessa. Os financiamentos do BNDES serão feitos em conjunto com a Corporação Andina de Fomento (CAF), instituição financeira multilateral que tem como sócios 16 países e 18 bancos privados da região.

Para exemplificar a importância do investimento em transportes, Lessa citou que o fluxo na rodovia entre Boa Vista e Caracas cresceu cinco vezes depois que ela foi asfaltada. A infra-estrutura é a locomotiva do desenvolvimento econômico e social do país , disse. Precisamos colocar a locomotiva sul-americana funcionando a todo vapor. O BNDES e a CAF avaliarão a possibilidade de financiarem 22 projetos em 12 países da região, como o anel ferroviário de São Paulo, o complexo hidroelétrico do Rio Madeira, estradas na Bolívia e no Peru, obras de melhoria na hidrovia Paraguai-Paraná, na Argentina, e o gasoduto Bolívia-Paraguai. A idéia do governo brasileiro é estimular o setor privado a investir também nesses projetos. É preciso que a iniciativa privada também participe como empreendedora , disse o secretário de assuntos internacionais do Ministério do Planejamento, Demian Fioca. Cabe a nós mostrar a ela as boas oportunidades que existem.

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Além de impulsionarem as trocas comerciais entre esses países, um dos objetivos dessa iniciativa é preparar a região para a formação do bloco econômico das Américas, a Alca. Essas alianças vão fortalecer esses países na negociação da Alca , afirmou o vice-presidente José Alencar, que participou da cerimônia ao lado de representantes de quatro ministérios. O ministro interino do Desenvolvimento, Márcio Fortes de Almeida, defendeu que esses projetos são uma chance de as empresas do setor de construção da região ganharem mais experiência para competir com as estrangeiras quando houver uma maior integração das Américas. Uma das grandes discussões com os americanos na Alca dizem respeito ao setor de serviços , disse Fortes. As empresas da região precisam se conhecer.

O secretário-executivo do Ministério das Relações Exteriores, o embaixador Samuel Pinheiro Guimarães, afirmou que o financiamento a projetos de infra-estrutura é um primeiro passo para a integração política da América do Sul. Estamos aqui avançando em direção à criação de um parlamento sul-americano e de uma moeda única , disse Guimarães. O desejo do país é de parceria, e não de hegemonia.

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