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Blair vive crise e deveria deixar o cargo, diz <i>Economist</i>

Primeiro-ministro britânico tem o mérito de ter iniciado reformas importantes, mas se for incapaz de tocá-las, melhor deixar o cargo, sugere a revista britânica

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 11h16.

Há nove anos no cargo de primeiro-ministro britânico, Tony Blair está passando por um péssimo momento. Um forte sinal da má fase veio nesta semana, quando, para aprovar uma reforma no sistema educacional, Blair teve que depender de seus oponentes do partido Conservador. Para a revista britânica The Economist, Blair deveria, pelo menos, considerar sua renúncia.

"Para um guerreiro como Blair, que tem uma forte e admirável convicção de que ele está sempre certo, e seus oponentes equivocados, será sempre difícil desistir", diz a revista, em editorial que também é a matéria de capa da atual edição.

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Uma das razões que explicam a insistência de Blair em permanecer no cargo estaria no Iraque: segundo a The Economist, o primeiro-ministro certamente quer esperar até que o último soldado britânico saia do Iraque, com sucesso, para só então liberar a vaga para seu sucessor - provavelmente Gordon Brown, atual ministro das Finanças.

A reputação de Blair no cenário internacional ainda é alta, apesar da guerra no Iraque, diz a revista. No âmbito doméstico, o primeiro-ministro também tem seus méritos, principalmente por iniciar as reformas nos sistemas de saúde e educacional. Mas o futuro é incerto, segundo a revista: "Blair deve permanecer apenas se achar absolutamente capaz de dar prosseguimento às reformas. Do contrário, melhor sair enquanto está por cima", diz o editorial.

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