Economia

BIS descarta onda inflacionária com expansão da economia mundial

O Banco Internacional de Compensações (BIS) descartou a possibilidade de uma onda inflacionária global no curto prazo, apesar da expansão econômica acima do previsto. A ameaça preocupa governos de vários países, a ponto de os analistas projetarem a primeira alta da taxa básica de juros americana nesta semana, quando o comando do Federal Reserve se […]

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 11h17.

O Banco Internacional de Compensações (BIS) descartou a possibilidade de uma onda inflacionária global no curto prazo, apesar da expansão econômica acima do previsto. A ameaça preocupa governos de vários países, a ponto de os analistas projetarem a primeira alta da taxa básica de juros americana nesta semana, quando o comando do Federal Reserve se reunirá. "Não há uma expectativa imediata de inflação generalizada que possa demandar um aperto brusco das políticas econômicas", afirmou nesta segunda-feira (28/6) o presidente do BIS, Nout Wellink, durante o encontro anual do "banco central dos bancos centrais", na Basiléia.

Apesar disso, Wellink afirma que há a necessidade de uma política fiscal e monetária mais rigorosa e que controle possíveis aumentos de preços no futuro. O desafio está em gerenciar a macroeconomia sem sem afetar o comércio internacional e sem intensificar os desequilíbrios entre as nações. Para o presidente do BIS, um dos pontos-chaves é o controle do sistema financeiro. Diante da estabilidade da inflação e, por tabela, da manutenção de baixas taxas de juros, a facilidade de acesso ao crédito pode pressionar os preços nos ciclos de crescimento econômico. Além disso, os investidores poderiam tomar dinheiro mais barato para aplicações de curto prazo, mais especulativas, em detrimento das opções de longo prazo.

Em seu relatório anual, o BIS afirma que "políticas para fortalecer o sistema financeiro e encorajar a prudência nos empréstimos nos momentos de aquecimento podem ajudar a mitigar os danos nos períodos de retrocesso e reduzir a necessidade de políticas mais agressivas no futuro". Destacando a maior interdependência entre os países, o BIS também sugeriu o aumento do trabalho conjunto para supervisionar o sistema financeiro.

Sobre os Estados Unidos, o banco afirma que a perspectiva de curto prazo é de um aperto da política monetária. De um lado, a decisão acarretará dúvidas sobre o fôlego do aquecimento da economia, que passará a operar abaixo dos níveis atuais. Além disso, uma alta abrupta na taxa de juros poderá acarretar o efeito contrário ao desejado, isto é, a elevação imediata de preços. Manter a taxa de juros baixa, contudo, poderá também gerar inflação, devido à expansão da economia. O mais preocupante, conforme o BIS, é o desequilíbrio que seria criado entre a economia real e os investimentos financeiros.

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