Benedito Braga diz que próxima opção é rodízio de água em SP
O secretário de Recursos Hídricos de São Paulo reconheceu que existem limites para a medida de redução de pressão de água nas tubulações
Da Redação
Publicado em 6 de fevereiro de 2015 às 12h25.
São Paulo - O secretário de Recursos Hídricos de São Paulo, Benedito Braga, afirmou nesta sexta-feira, 6, em evento sobre a crise hídrica na Federação do Comércio (Fecomercio), que "a próxima opção é um rodízio", reconhecendo que existem limites para a medida de redução de pressão de água nas tubulações adotada pela Sabesp .
"Rodízio é uma forma de redução de consumo que eu, como técnico, sempre critiquei. A Sabesp preferiu usar o método de redução de pressão. Mas em uma situação onde a redução de pressão não é suficiente, a próxima opção é um sistema de rodízio. Se vai ser implementado amanhã ou depois, eu não sei", disse, acrescentando depois que não garante que haverá ou não rodízio em São Paulo.
Braga afirmou ainda que são necessários estudos para tomar essa decisão. "Você não sai de um sistema A para um sistema B do dia para a noite. Tem que ver se é possível fazer. Tudo isso requer análise. Não estou dizendo se vai ter ou não", disse.
Ele frisou também que haverá transparência no processo. "Não posso garantir se vai ter rodízio, mas se nossos estudos indicarem essa necessidade, a população vai ser avisada com a devida antecedência. Neste momento, eu não tenho essa informação", afirmou.
Sabesp
Além da possibilidade de rodízio, Braga foi questionado por diversas vezes no evento sobre um reajuste tarifário em abril, mês em que o reajuste é calculado juntamente à Agência Reguladora de Saneamento e Energia do Estado de São Paulo (Arsesp).
Segundo ele, a Sabesp pretende trabalhar com uma "estrutura tarifária progressiva", visando "equilibrar" suas finanças.
"Para que a Sabesp invista e aumente a capacidade de água, ela precisa ter situação financeira adequada. Esses mecanismos que nós tivemos que utilizar para a redução do consumo obviamente levaram a dificuldades de natureza financeira, porque você está reduzindo a quantidade de água e a receita da companhia cai", afirmou.
Braga frisou que isso precisa ser ajustado para que a companhia possa continuar a prestar seu serviço e disse que reajustes tarifários estão sendo estudados. "Vamos trabalhar com uma estrutura tarifária progressiva e analisar as questões de natureza social. Isso é algo que está na pauta", disse.
"Sou técnico"
A presença do secretário de Recursos Hídricos em evento da Federação do Comércio (Fecomercio) de São Paulo, provocou tumulto entre os presentes na hora de serem feitas perguntas ao secretário.
Braga foi cobrado por representantes da Fecomercio e pela população em geral sobre o que foi considerado uma "falta de transparência" do governo do Estado em relação à crise e sobre como o governo trataria a "comoção popular" que se daria com um possível rodízio de água.
O secretário respondeu que não é um político, mas sim um técnico, e que o governo está fazendo o que tem ao seu alcance.
"Nós estamos estudando todas as alternativas no sentido de impedir que o Sistema Cantareira ou que o Alto Tietê se esvaziem. Não estou aqui para conversar de política, por favor", afirmou, sendo diversas vezes interrompido pela plateia com questionamentos.
São Paulo - O secretário de Recursos Hídricos de São Paulo, Benedito Braga, afirmou nesta sexta-feira, 6, em evento sobre a crise hídrica na Federação do Comércio (Fecomercio), que "a próxima opção é um rodízio", reconhecendo que existem limites para a medida de redução de pressão de água nas tubulações adotada pela Sabesp .
"Rodízio é uma forma de redução de consumo que eu, como técnico, sempre critiquei. A Sabesp preferiu usar o método de redução de pressão. Mas em uma situação onde a redução de pressão não é suficiente, a próxima opção é um sistema de rodízio. Se vai ser implementado amanhã ou depois, eu não sei", disse, acrescentando depois que não garante que haverá ou não rodízio em São Paulo.
Braga afirmou ainda que são necessários estudos para tomar essa decisão. "Você não sai de um sistema A para um sistema B do dia para a noite. Tem que ver se é possível fazer. Tudo isso requer análise. Não estou dizendo se vai ter ou não", disse.
Ele frisou também que haverá transparência no processo. "Não posso garantir se vai ter rodízio, mas se nossos estudos indicarem essa necessidade, a população vai ser avisada com a devida antecedência. Neste momento, eu não tenho essa informação", afirmou.
Sabesp
Além da possibilidade de rodízio, Braga foi questionado por diversas vezes no evento sobre um reajuste tarifário em abril, mês em que o reajuste é calculado juntamente à Agência Reguladora de Saneamento e Energia do Estado de São Paulo (Arsesp).
Segundo ele, a Sabesp pretende trabalhar com uma "estrutura tarifária progressiva", visando "equilibrar" suas finanças.
"Para que a Sabesp invista e aumente a capacidade de água, ela precisa ter situação financeira adequada. Esses mecanismos que nós tivemos que utilizar para a redução do consumo obviamente levaram a dificuldades de natureza financeira, porque você está reduzindo a quantidade de água e a receita da companhia cai", afirmou.
Braga frisou que isso precisa ser ajustado para que a companhia possa continuar a prestar seu serviço e disse que reajustes tarifários estão sendo estudados. "Vamos trabalhar com uma estrutura tarifária progressiva e analisar as questões de natureza social. Isso é algo que está na pauta", disse.
"Sou técnico"
A presença do secretário de Recursos Hídricos em evento da Federação do Comércio (Fecomercio) de São Paulo, provocou tumulto entre os presentes na hora de serem feitas perguntas ao secretário.
Braga foi cobrado por representantes da Fecomercio e pela população em geral sobre o que foi considerado uma "falta de transparência" do governo do Estado em relação à crise e sobre como o governo trataria a "comoção popular" que se daria com um possível rodízio de água.
O secretário respondeu que não é um político, mas sim um técnico, e que o governo está fazendo o que tem ao seu alcance.
"Nós estamos estudando todas as alternativas no sentido de impedir que o Sistema Cantareira ou que o Alto Tietê se esvaziem. Não estou aqui para conversar de política, por favor", afirmou, sendo diversas vezes interrompido pela plateia com questionamentos.