Economia

BC registra lucro de R$ 17,7 bilhões no 1º semestre

O destaque do período foi a recuperação de créditos de instituições em liquidação extrajudicial no valor de R$ 13 bilhões


	Prédio do Banco Central em Brasília: lucro do BC no primeiro semestre representa aumento de 41,6% sobre os R$ 12,5 bilhões registrados no mesmo período do ano passado
 (Wikimedia Commons)

Prédio do Banco Central em Brasília: lucro do BC no primeiro semestre representa aumento de 41,6% sobre os R$ 12,5 bilhões registrados no mesmo período do ano passado (Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 5 de setembro de 2013 às 17h10.

Brasília - O Banco Central registrou lucro de R$ 17,7 bilhões no primeiro semestre de 2013. O destaque do período foi a recuperação de créditos de instituições em liquidação extrajudicial no valor de R$ 13 bilhões.

Por causa de acordo assinado em junho, o Banco Econômico, por exemplo, amortizou R$ 12,7 bilhões do saldo devedor, parcelando o restante em 180 prestações mensais.

O Econômico está em liquidação desde a segunda metade da década de 1990. O Banco Nacional também assinou acordo de parcelamento em junho.

Junto com Bamerindus e Banorte, que já assinaram acordos de parcelamento, essas instituições tinham uma dívida de R$ 24,9 bilhões junto ao BC, de acordo com o balanço divulgado pela autoridade monetária.

O lucro do BC no primeiro semestre representa aumento de 41,6% sobre os R$ 12,5 bilhões registrados no mesmo período do ano passado. O resultado do BC é repassado para os cofres do Tesouro Nacional, que também fica responsável por cobrir as perdas da instituição, em caso de prejuízo.

Reservas

Os números não consideram o resultado obtido com a administração das reservas internacionais, que não entra nesse cálculo, de acordo com a legislação atual.

O BC obteve ganho de R$ 16,3 bilhões com as reservas em moeda estrangeira, se for considerado o efeito da alta do dólar sobre esse estoque de recursos, que soma mais de US$ 370 bilhões.

As reservas tiveram rentabilidade negativa nos três primeiros meses do ano, mas alcançaram ganhos nos três meses seguintes, por causa da valorização do dólar, que representa a maior parte das aplicações.

Se fosse descontado esse efeito cambial, o BC teria uma perda de R$ 37,7 bilhões com a manutenção das reservas. Nesse caso, entram na conta o rendimento com juros, a valorização dos ativos e o custo de captação dos recursos, o que resultou em variação negativa nos dois trimestres.

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