Hiroshi Nakaso: "o Banco do Japão orienta a política monetária unicamente com o objetivo de alcançar sua meta de inflação o mais rápido possível" (Tomohiro Ohsumi/Bloomberg)
Reuters
Publicado em 9 de fevereiro de 2017 às 09h50.
Kochi - O vice-presidente do banco central do Japão, Hiroshi Nakaso, disse que a economia do país ainda precisa de forte apoio monetário dadas as incertezas no exterior e o fraco aumento dos preços, descartando a especulação do mercado de que pode elevar a meta de rendimento de títulos neste ano.
Ele também disse que o G20 reconhece que o Japão segue um acordo conjunto para evitar usar a política monetária para manipular as taxas de câmbio, argumentando contra as críticas do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de que o Japão está usando uma política ultrafrouxa para enfraquecer o iene e dar a suas exportações uma vantagem comercial desleal.
"O Banco do Japão orienta a política monetária unicamente com o objetivo de alcançar sua meta de inflação o mais rápido possível", disse Nakaso a repórteres nesta quinta-feira, quando questionado sobre a acusação de Trump.
Nakaso disse que embora a economia do Japão se recupere moderadamente, os riscos para as perspectivas permanecem devido à incerteza sobre as políticas dos EUA e ao fraco aumento dos preços no Japão.
"Alguns investidores, levando em conta os recentes aumentos dos juros no exterior, argumentam que o Banco do Japão pode considerar elevar sua meta de taxa de longo prazo", disse Nakaso em discurso a líderes empresariais no Japão.
"Mas o impulso para alcançar nosso objetivo de preço, embora sustentado, não é suficiente. Ainda há um longo caminho a percorrer para alcançar nosso objetivo", disse ele. "Eu acredito que é mais importante que o Banco do Japão prossiga persistentemente com o poderoso o afrouxamento monetário."