BC da China elevou em 5 pontos básicos os juros nas operações compromissadas reservas usadas para operações do mercado aberto para sete e 28 dias (Liu Jin/AFP/AFP)
Reuters
Publicado em 14 de dezembro de 2017 às 07h36.
Xangai - O banco central da China elevou as taxas de juros do mercado monetário nesta quinta-feira, horas depois de o Federal Reserve ter aumentado sua taxa básica, uma vez que Pequim busca impedir saídas de capital desestabilizadoras sem afetar o crescimento econômico.
Economistas ficaram surpresos com a medida, mas disseram que, sendo de apenas 5 pontos básicos, os aumentos foram pequenos e mais simbólicos do que substanciais.
O Banco do Povo da China chamou a decisão de "reação normal do mercado" ao Fed que manterá as expectativas de juros razoáveis e ajudará com a campanha de desalavancagem.
O BC elevou em 5 pontos básicos os juros nas operações compromissadas reservas usadas para operações do mercado aberto para sete e 28 dias.
Também afirmou em comunicado que aumentou os juros para seu instrumento de empréstimo de médio prazo de um ano em 5 pontos básicos.
A ação desta quinta-feira representou a primeira vez que o banco central chinês elevou os juros desde março, mas as taxas de juros do mercado têm subido sozinhas durante esse período conforme o governo avança com uma série de políticas para reduzir a alavancagem e a dívida na economia.
O analista do Bank of Communications Chen Ji disse que a alta foi inesperada mas pequena demais para ter um impacto significativo, e representou apenas uma resposta ao aumento dos juros pelo Fed.
"Não impacta realmente os custos de empréstimo, e as flutuações desse nível são muito normais no mercado interbancário", disse ele, acrescentando achar que a economia da China não é robusta o suficiente para lidar com um aumento da taxa referencial.
As taxas de empréstimo e de depósito referenciais de um ano permanecem inalteradas desde outubro de 2015, mas o BC da China tem cada vez mais contado com os juros do mercado para guiar a economia.