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BC estende até fim do ano programa de intervenção no câmbio

Autoridade monetária disse que manterá a oferta diária de 200 milhões de dólares em swaps cambiais

Troca reais por dólares em casa de câmbio, no Rio de Janeiro (Bruno Domingos/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 24 de junho de 2014 às 21h26.

São Paulo - O Banco Central anunciou nesta terça-feira a extensão do programa de intervenção no mercado de câmbio até o fim do ano sem qualquer mudança, apesar das expectativas de que pudesse reduzir a oferta de hedge cambial para aproveitar o momento de calmaria nos mercados globais.

O BC disse que manterá a oferta diária de 200 milhões de dólares em swaps cambiais, ou 4 mil contratos, "pelo menos até o 31 de dezembro", como vem fazendo desde o início de janeiro.

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Além da chamada ração diária, o BC disse que poderá, sempre que julgar necessário, realizar operações adicionais de venda de dólares através dos instrumentos ao seu alcance.

"Os leilões de venda de dólares com compromisso de recompra serão realizados em função das condições de liquidez do mercado de câmbio", disse a autoridade monetária.

As intervenções no mercado de câmbio, iniciadas em agosto do ano passado quando o dólar se aproximou de 2,45 reais, têm ajudado a manter a moeda norte-americana oscilando dentro de uma faixa entre 2,20 e 2,25 reais.

Boa parte do mercado estima que o BC não quer o dólar acima de 2,25 reais devido ao potencial impacto sobre a inflação, que ainda flerta com o teto da meta do governo. Nesta terça-feira, o dólar fechou cotado a 2,2267 reais.

Em agosto, o dólar subiu na esteira das incertezas sobre o futuro do programa de estímulos do Federal Reserve, banco central norte-americano.

Naquele momento, a autoridade monetária brasileira ofertava todos os dias, com exceção de sexta-feira, até 10 mil contratos de swaps. No último dia útil da semana, fazia leilões de venda de dólares com compromisso de recompra, conhecidos como leilão de linha.

No início deste ano, com o dólar mais comportado a 2,35 reais e sinais consistentes de que o Fed continuaria cortando seus estímulos de forma gradual, o BC passou a ofertar diariamente até 4 mil contratos por dia e interrompeu os leilões de linha.

Na época, o BC informou que isso ocorreria "pelo menos até 30 de junho de 2014".

Atualizado com mais informações às 21h25min do mesmo dia.

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