Exame Logo

BC age para regulação macroprudencial, diz diretor

Diretor de Fiscalização do Banco Central avaliou que a crise de 2008 teve como uma das causas os baixos juros cobrados nos países centrais após a bolha da internet

Em maio deste ano, o BC criou o Comitê de Estabilidade Financeira para melhorar o processo de análise das informações para a identificação de ameaças ao sistema (Álvaro Motta/EXAME)
DR

Da Redação

Publicado em 13 de setembro de 2011 às 17h39.

Brasília - O diretor de Fiscalização do Banco Central, Anthero Meirelles, avaliou hoje que a crise financeira global de 2008 teve como uma de suas causas os baixos juros cobrados nos pelos países centrais após o estouro da bolha da internet, em 2001. Segundo ele, o excesso de liquidez internacional no período foi direcionado para movimentos especulativos, que acabaram gerando produtos exóticos e "tóxicos".

"Ficou claro que promover alto crescimento conjugado a baixas taxas de inflação não era algo sustentável nesses países", acrescentou Meirelles, ao lembrar que esses mercados mantinham reduzidas taxas de juros. O diretor lembrou ainda que, como os países atualmente são bastante interligados financeiramente, outras economias nacionais também ficaram suscetíveis aos efeitos da crise.

Em audiência na Comissão de Finanças e Tributação da Câmara dos Deputados, Meirelles afirmou que o processo de regulação microprudencial, com foco na solidez de cada instituição financeira, foi insuficiente para se evitar a crise de 2008 "que ainda não acabou". Por isso, acrescentou, a autoridade monetária tem voltado suas ações também para a regulação macroprudencial, com o objetivo de monitorar as relações do mercado como um todo e, assim, buscando reduzir o chamado "risco sistêmico".

"Os sistemas financeiros evoluem com rapidez e se tornam mais complexos. Novos problemas exigem soluções nem sempre disponíveis nos manuais", completou Meirelles. Em maio deste ano, o BC criou o Comitê de Estabilidade Financeira (Comef) para melhorar o processo de análise das informações para a identificação de potenciais ameaças ao sistema.

Veja também

Brasília - O diretor de Fiscalização do Banco Central, Anthero Meirelles, avaliou hoje que a crise financeira global de 2008 teve como uma de suas causas os baixos juros cobrados nos pelos países centrais após o estouro da bolha da internet, em 2001. Segundo ele, o excesso de liquidez internacional no período foi direcionado para movimentos especulativos, que acabaram gerando produtos exóticos e "tóxicos".

"Ficou claro que promover alto crescimento conjugado a baixas taxas de inflação não era algo sustentável nesses países", acrescentou Meirelles, ao lembrar que esses mercados mantinham reduzidas taxas de juros. O diretor lembrou ainda que, como os países atualmente são bastante interligados financeiramente, outras economias nacionais também ficaram suscetíveis aos efeitos da crise.

Em audiência na Comissão de Finanças e Tributação da Câmara dos Deputados, Meirelles afirmou que o processo de regulação microprudencial, com foco na solidez de cada instituição financeira, foi insuficiente para se evitar a crise de 2008 "que ainda não acabou". Por isso, acrescentou, a autoridade monetária tem voltado suas ações também para a regulação macroprudencial, com o objetivo de monitorar as relações do mercado como um todo e, assim, buscando reduzir o chamado "risco sistêmico".

"Os sistemas financeiros evoluem com rapidez e se tornam mais complexos. Novos problemas exigem soluções nem sempre disponíveis nos manuais", completou Meirelles. Em maio deste ano, o BC criou o Comitê de Estabilidade Financeira (Comef) para melhorar o processo de análise das informações para a identificação de potenciais ameaças ao sistema.

Acompanhe tudo sobre:Banco CentralCrise econômicaCrises em empresasMercado financeiroPolítica monetária

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Economia

Mais na Exame