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Bancos veem com cautela plano da UE de culpar investidores

Analistas advertem que plano da União Europeia poderia tornar mais difícil para alguns bancos mais fracos atrair financiamento

Grafite em frente a área de construção da nova sede do Banco Central Europeu (BCE) em Frankfurt, na Alemanha (Kai Pfaffenbach/Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 27 de junho de 2013 às 14h10.

Frankfurt - Bancos receberam com cautela as orientações da União Europeia criadas para retirar o ônus do pagamento de resgates bancários dos contribuintes, um movimento que analistas advertem poderia tornar mais difícil para alguns bancos mais fracos atrair financiamento.

A UE gastou o equivalente a um terço de sua produção econômica para salvar bancos entre 2008 e 2011, usando o dinheiro do contribuinte. O bloco ainda está lutando para conter efeitos da crise bancária que no caso da Irlanda quase faliu o país.

O acordo permite aos países da UE impor perdas sobre os acionistas, credores e depositantes com mais de 100.000 euros (132.000 dólares), se um banco entrar em apuros, e é uma parte crucial das tentativas da Europa para criar regulamentos bancários que se adaptam ao bloco de 27 países.

Victor Verbeck, chefe de crédito de grau de investimento da Robeco Asset Management, disse que qualquer movimento para retirar a carga dos resgates do contribuinte fará com que os investidores fiquem cautelosos em investir em bancos com finanças fracas.

"Os bancos estão mais capitalizados do que nunca, o que significa que o risco de inadimplência está caindo como uma pedra para os créditos mais fortes da Europa, mas este não é o caso para todos. Bancos de segundo e terceiro nível no centro e na periferia podem ter dificuldades para convencer os investidores", disse ele.

Depois de sete horas de conversas durante a madrugada, os ministros das Finanças surgiram com um projeto para resgates que abre caminho para maior integração na supervisão e medidas de resgate.

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O acordo permite aos países da UE impor perdas sobre os acionistas, credores e depositantes com mais de 100.000 euros (132.000 dólares), se um banco entrar em apuros, e é uma parte crucial das tentativas da Europa para criar regulamentos bancários que se adaptam ao bloco de 27 países.

Victor Verbeck, chefe de crédito de grau de investimento da Robeco Asset Management, disse que qualquer movimento para retirar a carga dos resgates do contribuinte fará com que os investidores fiquem cautelosos em investir em bancos com finanças fracas.

"Os bancos estão mais capitalizados do que nunca, o que significa que o risco de inadimplência está caindo como uma pedra para os créditos mais fortes da Europa, mas este não é o caso para todos. Bancos de segundo e terceiro nível no centro e na periferia podem ter dificuldades para convencer os investidores", disse ele.

Depois de sete horas de conversas durante a madrugada, os ministros das Finanças surgiram com um projeto para resgates que abre caminho para maior integração na supervisão e medidas de resgate.

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