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Azevêdo diz que diretor-geral não tem papel de árbitro

"Se o Brasil estiver em um contencioso, que poderá resultar em sanções, eu já digo desde já que não terei papel algum", apontou Azêvedo

Diretor-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC), o embaixador Roberto Carvalho de Azevêdo: Azevêdo enfatizou que, ao assumir o cargo de diretor-geral da OMC, suas origens não serão esquecidas. (REUTERS/Ueslei Marcelino)
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Da Redação

Publicado em 22 de maio de 2013 às 12h35.

Brasília - Primeiro brasileiro eleito diretor-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC) , o embaixador Roberto Carvalho de Azevêdo, de 55 anos, disse hoje (22) que, se houver algum processo envolvendo o Brasil no órgão, ele não atuará como árbitro. Bem-humorado, Azevêdo disse que assistirá ao processo “na arquibancada”, mas como um “torcedor”. Ele ressaltou que os processos são conduzidos por árbitros e não pode haver ingerência política.

“O diretor-geral não tem o papel de arbitrar. Se o Brasil estiver em um contencioso, que poderá resultar em sanções, eu já digo desde já que não terei papel algum. Estarei apenas na arquibancada, talvez torcendo, mas não posso entrar em campo'”, disse o embaixador que participa de uma audiência pública na Comissão de Relações Exteriores na Câmara.

Azevêdo explicou que a OMC arbitra as diferenças entre os países, processo que é feito por um grupo de peritos, os chamados árbitros. Em geral, são três árbitros. “Não há ingerência do diretor-geral, o resultado dos árbitros pode levar ao órgão de apelação. Não há ingerências políticas. Se tem, está errado”, destacou ele.

O embaixador – que lida há 20 anos com questões referentes ao comércio internacional, representando o Brasil – lembrou que o governo brasileiro já se envolveu em vários contenciosos em defesa de produtos, como frango, açúcar e algodão. Ele lembrou que esses processos “são normais e naturais”.

Azevêdo enfatizou que, ao assumir o cargo de diretor-geral da OMC, suas origens não serão esquecidas. “Não [vou deixar de ser brasileiro], vou continuar tomando minha caipirinha. Minha cultura e minha formação é brasileira”, disse ele, que tomará posse em 1º de setembro, em Genebra, na Suíça, onde fica a sede da organização.

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“O diretor-geral não tem o papel de arbitrar. Se o Brasil estiver em um contencioso, que poderá resultar em sanções, eu já digo desde já que não terei papel algum. Estarei apenas na arquibancada, talvez torcendo, mas não posso entrar em campo'”, disse o embaixador que participa de uma audiência pública na Comissão de Relações Exteriores na Câmara.

Azevêdo explicou que a OMC arbitra as diferenças entre os países, processo que é feito por um grupo de peritos, os chamados árbitros. Em geral, são três árbitros. “Não há ingerência do diretor-geral, o resultado dos árbitros pode levar ao órgão de apelação. Não há ingerências políticas. Se tem, está errado”, destacou ele.

O embaixador – que lida há 20 anos com questões referentes ao comércio internacional, representando o Brasil – lembrou que o governo brasileiro já se envolveu em vários contenciosos em defesa de produtos, como frango, açúcar e algodão. Ele lembrou que esses processos “são normais e naturais”.

Azevêdo enfatizou que, ao assumir o cargo de diretor-geral da OMC, suas origens não serão esquecidas. “Não [vou deixar de ser brasileiro], vou continuar tomando minha caipirinha. Minha cultura e minha formação é brasileira”, disse ele, que tomará posse em 1º de setembro, em Genebra, na Suíça, onde fica a sede da organização.

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