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Austrália caminha para novo recorde de 25 anos sem recessão

Caso único no mundo desenvolvido, economia da Austrália está há uma década e meia sem encolher, confirmam números divulgados nessa semana

Vista de Sidney, na Austrália: economia do país se mostra resiliente (Siwawut/Thinkstock)

João Pedro Caleiro

Publicado em 4 de dezembro de 2015 às 14h15.

São Paulo - A Austrália é um caso único no mundo desenvolvido.

Nesta semana, o escritório de estatísticas do país divulgou que a economia cresceu 0,9% no trimestre encerrado em setembro em relação ao trimestre anterior e 2,5% em relação a setembro de 2014.

Os números vieram melhores que o esperado e levam o país em direção ao seu 25oano consecutivo sem recessão (definida como uma queda consecutiva de dois trimestres na atividade).

A última vez que o PIB da Austrália encolheu foi em 1991. Na época, o mercado financeiro ainda se recuperava do colapso das bolsas internacionais nos anos 80 e de uma década de desregulação e bolhas de ativos.

O aumento dos juros também contribuiu, mas a inflação foi contida e nunca mais voltou com força. Enquanto isso, a China acelerava e demandava cada vez mais commodities, cujos preços dispararam e estimularam o crescimento em vários países (inclusive o Brasil).

Poucos estavam tão próximos geograficamente e preparados para se beneficiar como a Austrália, especialista em mineração.

Quando a China começou a dar sinais de fraqueza e de transição para um modelo menos intensivo em investimento nos últimos anos, as commodities caíram e o sinal amarelo acendeu para os australianos.

Chama a atenção, portanto, que as exportações australianas tenham crescido 4,6% no último trimestre, adicionando um ponto percentual ao crescimento do país e compensando a queda nos investimentos.

Isso sinaliza que com a ajuda de uma moeda mais fraca, talvez a Austrália consiga se adaptar ao novo cenário do seu maior parceiro comercial.

E é aí que entra outro fator do histórico de sucesso do país: mesmo quando pôde contar com um cenário benigno, ele não abriu mão de uma gestão fiscal austera e de uma agenda de reformas.

Hoje, os australianos experimentam uma das maiores expectativas de vida e um dos melhores índices de desenvolvimento humano (IDH) do mundo - e isso importa mais do que qualquer crescimento.

São Paulo – Um mundo em constante mudança exige criatividade para que países garantam bons níveis de desenvolvimento econômico e prosperidade. A constatação é do Global Creativity Index 2015, do Martin Prosperity Institute (MPI), entidade canadense dedicada ao estudo da prosperidade. O estudo avaliou 139 países em três aspectos principais que, de acordo com a organização, são os três pilares do desenvolvimento: a tecnologia, o talento e a tolerância com minorias étnicas e religiosas e também com a população LGBT. Veja abaixo o que a entidade levou em conta em cada um desses fatores: Tecnologia :foram avaliados os esforços dos países em termos da pesquisa e desenvolvimento de novas tecnologias e também na inovação, que incluiu ainda a análise de patentes. Talento :investigou-se aspectos do capital humano da chamada “classe criativa” que, na visão da entidade, é a força de trabalho envolvida em áreas que vão desde a arquitetura até a engenharia, passando pela matemática, artes e design. Tolerância: ao serem considerados abertos para grupos e minorias, diz o estudo, os países atraem talentos e se mobilizam em torno de novas ideias. Medir a criatividade, mostrou o MPI, seria possível com a análise do desempenho dos países em cada um desses pilares. A partir daí, foi possível produzir um ranking para cada um dos três fatores, além de um geral. Países A Austrália ficou em primeiríssimo lugar geral e também ficou no topo no quesito "Talento". Em segundo estão os Estados Unidos , que também foram bem nesse aspecto. A Nova Zelândia veio em terceiro e se destacou em "Tolerância".   O resultado do Brasil surpreendeu. O país não está entre os 25 primeiros, mas passou perto de entrar no grupo e acabou na 28ª posição, na frente da Coreia do Sul e da Polônia, mas atrás do Uruguai e Argentina. Foi incluído ao final da matéria para fins de comparação. Veja nas imagens quem são os todos os primeiros colocados.
  • 2. 1º. Austrália (nota geral: 0,97)

    2 /28(GordonBellPhotography/ThinkStock)

  • Veja também

    CategoriaPosição
    Tecnologia7
    Talento1
    Tolerância4
  • 3. 2º. Estados Unidos (nota geral: 0,95)

    3 /28(ThinkStock)

  • CategoriaPosição
    Tecnologia4
    Talento3
    Tolerância11
  • 4. 3º. Nova Zelândia (nota geral: 0,94)

    4 /28(Getty Images)

    CategoriaPosição
    Tecnologia7
    Talento8
    Tolerância3
  • 5. 4º. Canadá (nota geral: 0,92)

    5 /28(JonghyunKim/ThinkStock)

    CategoriaPosição
    Tecnologia13
    Talento14
    Tolerância1
  • 6. 5º. Dinamarca (nota geral: 0,917)

    6 /28(Architizer)

    CategoriaPosição
    Tecnologia10
    Talento6
    Tolerância13
  • 7. 5º. Finlândia (nota geral: 0,917) *

    7 /28(Thinkstock)

    CategoriaPosição
    Tecnologia5
    Talento3
    Tolerância20
    *Está empatada com Dinamarca em 5º.
  • 8. 6º. Suécia (nota geral: 0,915)

    8 /28(Edward Stojakovic/Flickr/Creative Commons)

    CategoriaPosição
    Tecnologia11
    Talento8
    Tolerância10
  • 9. 7º. Islândia (nota geral: 0,913)

    9 /28(Nikolay Tsuguliev/ThinkStock)

    CategoriaPosição
    Tecnologia26
    Talento2
    Tolerância2
  • 10. 8º. Singapura (nota geral: 0,896)

    10 /28(Mike Behnken/Flickr/Creative Commons)

    CategoriaPosição
    Tecnologia7
    Talento5
    Tolerância23
  • 11. 9º. Holanda (nota geral: 0,889)

    11 /28(ThinkStock)

    CategoriaPosição
    Tecnologia18
    Talento12
    Tolerância9
  • 12. 10º. Noruega (nota geral: 0,883)

    12 /28(Vincent van Zeijst)

    CategoriaPosição
    Tecnologia18
    Talento12
    Tolerância9
  • 13. 11º. Reino Unido (nota geral: 0,081)

    13 /28(City Climate Leadership)

    CategoriaPosição
    Tecnologia15
    Talento20
    Tolerância5
  • 14. 12º. Irlanda (nota geral: 0,845)

    14 /28(Ramsey Cardy/Getty Images)

    CategoriaPosição
    Tecnologia23
    Talento21
    Tolerância7
  • 15. 13º. Alemanha (nota geral: 0,837)

    15 /28(Thinkstock)

    CategoriaPosição
    Tecnologia7
    Talento28
    Tolerância18
  • 16. 14º. Suíça (nota geral: 0,822)

    16 /28(Thinkstock/fotoerlebnisse)

    CategoriaPosição
    Tecnologia19
    Talento22
    Tolerância17
  • 17. 14º. França (nota geral: 0,822) *

    17 /28(ThinkStock)

    CategoriaPosição
    Tecnologia16
    Talento26
    Tolerância16
    *Empatada com Suíça.
  • 18. 14º. Eslovênia (nota geral: 0,822) *

    18 /28(Snowdog/Creative Commons)

    CategoriaPosição
    Tecnologia17
    Talento8
    Tolerância35
    *Empatada com Suíça e França.
  • 19. 15º. Bélgica (nota geral: 0,817)

    19 /28(KavalenkavaVolha/ThinkStock)

    CategoriaPosição
    Tecnologia28
    Talento18
    Tolerância14
  • 20. 16º. Espanha (nota geral: 0,811)

    20 /28(ThinkStock)

    CategoriaPosição
    Tecnologia31
    Talento19
    Tolerância12
  • 21. 17º. Áustria (nota geral: 0,788)

    21 /28(MrMuh/ThinkStock)

    CategoriaPosição
    Tecnologia12
    Talento26
    Tolerância32
  • 22. 18º. Hong Kong (nota geral: 0,715)

    22 /28(Thinkstock)

    CategoriaPosição
    Tecnologia32
    Talento32
    Tolerância30
  • 23. 19º. Itália (nota geral: 0,715)

    23 /28(Dieter Hawlan/Shutterstock.com/Kayak)

    CategoriaPosição
    Tecnologia25
    Talento31
    Tolerância38
  • 24. 20º. Portugal (nota geral: 0,710)

    24 /28(Thinkstock)

    CategoriaPosição
    Tecnologia35
    Talento36
    Tolerância22
  • 25. 21º. Japão (nota geral: 0,708)

    25 /28(Thinkstock)

    CategoriaPosição
    Tecnologia2
    Talento58
    Tolerância39
  • 26. 22º. Luxemburgo (nota geral: 0,696)

    26 /28(WolfgangStaudt/Flickr/Creative Commons)

    CategoriaPosição
    Tecnologia20
    Talento48
    Tolerância32
  • 27. 28º. Brasil (nota geral: 0,667) *

    27 /28(Yasuyoshi Chiba/AFP)

    CategoriaPosição
    Tecnologia27
    Talento68
    Tolerância15
    *País incluído para fins de comparação.
  • 28. Agora veja os países que são potências militares

    28 /28(U.S. Army/Sgt. Matthew Sissel, The National Guard/Facebook)

  • Acompanhe tudo sobre:ÁsiaAustráliaChinaCrescimento econômicoDesenvolvimento econômicoPaíses ricosRecessão

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