Economia

Aumentam as projeções;sobre a inflação

A deterioração das expectativas do mercad;também foi observada em relação à Selic e ao câmbio

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 11h18.

As projeções do mercado sobre o comportamento da inflação mostram-se pessimistas. Pela quarta semana consecutiva, o relatório do Banco Central (BC) mostrou que bancos e instituições financeiras aumentaram as projeções para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que serve de referência para as metas de inflação acertadas com o Fundo Monetário Internacional. A previsão é que o IPCA encerre 2004 indicando um aumento de 6,59% dos preços. Há quatro semanas, os analistas projetavam 6,12%. Amanhã (8/6), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística divulgará o IPCA de maio.

A deterioração do índice inflacionário provocou um aumento das projeções em relação à taxa de juros básica da economia, a Selic. Em dezembro, a taxa deverá ficar em 14,75%, segundo relatório divulgado hoje pelo BC. Há quatro semanas, a projeção era de 14%. A expectativa sobre a Selic média para os 12 meses de 2004 subiu para 15,65%.

A piora da expectativa com a inflação pode estar refletindo a desvalorização cambial. Somente no mês passado, o dólar subiu 8,8%, a maior alta desde setembro de 2002, ano da eleição presidencial. É a quarta semana consecutiva que o relatório de mercado mostra projeções crescentes quanto à moeda americana. Os analistas projetam que o dólar estará custando 3,02 reais em dezembro, sete centavos a mais que no mês passado.

Apesar de esses indicadores terem piorado, o mercado continua acreditando no crescimento de 3,5% do Produto Interno Bruto (PIB). O otimismo pode ser explicado pelas perspectivas positivas para a balança comercial. O superávit esperado para a relação entre exportações e importações do Brasil cresceu para 26,1 bilhões de dólares. Há um mês, o mercado projetava 25 bilhões de superávit comercial. Pelo relatório, pode-se observar o impacto desse saldo no balanço de pagamentos do país. A conta corrente deve encerrar o ano positiva, em 2,8 bilhões de dólares. Há quatro semanas, esperava-se um superávit das transações correntes de 2 bilhões.

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