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Augustin assume a culpa por "pedaladas fiscais"

Na interpretação de auditores do TCU, a Nota Técnica 6, de 30 de dezembro de 2014, tem o efeito de isentar a presidente da culpa pelas tramoias

O ex-secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin, é o culpado pelas manobras fiscais no primeiro mandado de Dilma Rousseff, segundo documento analisado pelo TCU (Valter Campanato/ABr)
DR

Da Redação

Publicado em 28 de julho de 2015 às 11h20.

São Paulo - O ex-secretário do Tesouro Nacional Arno Augustin assinou, em seu último dia de trabalho, um documento no qual assume a responsabilidade pelas "pedaladas fiscais" -- apelido dado às manobras utilizadas pela presidente Dilma Rousseff em seu primeiro mandato para melhorar artificialmente as contas públicas --, de acordo com reportagem publicada nesta sexta-feira pelo jornal Valor Econômico.

Na interpretação de auditores do Tribunal de Contas da União (TCU), a Nota Técnica 6, de 30 de dezembro de 2014, também tem o efeito de isentar a presidente da culpa das manobras, ainda segundo o jornal.

Análise dos auditores do TCU, obtida pelo Valor Econômico, mostra que esse documento torna difícil a ligação direta entre a presidente e as "pedaladas". Isso faz com que um possível impeachment de Dilma devido às manobras fiscais seja improvável, de acordo com a organização.

A nota tem força de um parecer da área técnica e descreve em duas páginas e em 12 tópicos o processo e as responsabilidades na liberação de recursos pelo Tesouro.

"Pedaladas"

Na quarta-feira (18), o tribunal decidiu dar um prazo de 30 dias para o governo apresentar argumentos que justifiquem as decisões da presidência e conter a rejeição das contas públicas.

Em maio deste ano, quatro partidos de oposição liderados pelo PSDB solicitaram que a Procudoria Geral da República (PGR) fizesse um apelo ao Supremo Tribunal Federal ( STF ) para realizar uma denúncia sobre o assunto.

Os peessedebistas alegavam que os atrasos no repasse do Tesouro para pagar benefícios sociais configura uma violação da Lei de Responsabilidade Fiscal. Ao atrasar a transferência de dinheiro para bancos, como o Banco do Brasil , BNDES e Caixa Econômica Federal, e autarquias, como INSS , o governo estaria ludibriando o mercado financeiro e especialistas em contas públicas.

Números da Caixa , obtidos pela Folha de S. Paulo, mostram que o valor mensal de déficit do banco em relação ao governo para o pagamento de seguro-desemprego chegou a 3,5 bilhões de reais em 2013 e quase 3 bilhões em 2014. Antes disso, nunca havia ultrapassado 1,19 bilhão de reais.

Situação análoga ocorreu com o pagamento de abono salarial.

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Na interpretação de auditores do Tribunal de Contas da União (TCU), a Nota Técnica 6, de 30 de dezembro de 2014, também tem o efeito de isentar a presidente da culpa das manobras, ainda segundo o jornal.

Análise dos auditores do TCU, obtida pelo Valor Econômico, mostra que esse documento torna difícil a ligação direta entre a presidente e as "pedaladas". Isso faz com que um possível impeachment de Dilma devido às manobras fiscais seja improvável, de acordo com a organização.

A nota tem força de um parecer da área técnica e descreve em duas páginas e em 12 tópicos o processo e as responsabilidades na liberação de recursos pelo Tesouro.

"Pedaladas"

Na quarta-feira (18), o tribunal decidiu dar um prazo de 30 dias para o governo apresentar argumentos que justifiquem as decisões da presidência e conter a rejeição das contas públicas.

Em maio deste ano, quatro partidos de oposição liderados pelo PSDB solicitaram que a Procudoria Geral da República (PGR) fizesse um apelo ao Supremo Tribunal Federal ( STF ) para realizar uma denúncia sobre o assunto.

Os peessedebistas alegavam que os atrasos no repasse do Tesouro para pagar benefícios sociais configura uma violação da Lei de Responsabilidade Fiscal. Ao atrasar a transferência de dinheiro para bancos, como o Banco do Brasil , BNDES e Caixa Econômica Federal, e autarquias, como INSS , o governo estaria ludibriando o mercado financeiro e especialistas em contas públicas.

Números da Caixa , obtidos pela Folha de S. Paulo, mostram que o valor mensal de déficit do banco em relação ao governo para o pagamento de seguro-desemprego chegou a 3,5 bilhões de reais em 2013 e quase 3 bilhões em 2014. Antes disso, nunca havia ultrapassado 1,19 bilhão de reais.

Situação análoga ocorreu com o pagamento de abono salarial.

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