Economia

Ataque suicida a mesquita na Arábia Saudita mata dezenas

Uma testemunha descreveu uma grande explosão na mesquita do Imã Ali, no vilarejo de Al-Qadeeh, onde mais de 150 pessoas rezavam


	O rei Salman, da Arábia Saudita: um porta-voz do Ministério do Interior saudita classificou o atentado como ato terrorista
 (REUTERS/Hamad I Mohammed/Files)

O rei Salman, da Arábia Saudita: um porta-voz do Ministério do Interior saudita classificou o atentado como ato terrorista (REUTERS/Hamad I Mohammed/Files)

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Da Redação

Publicado em 22 de maio de 2015 às 11h31.

Dubai - Um homem-bomba se explodiu em uma mesquita xiita no leste da Arábia Saudita durante as orações desta sexta-feira, disseram moradores, matando cerca de 20 pessoas e ferindo mais de 50, segundo locais e autoridades hospitalares.

Ninguém assumiu de imediato a responsabilidade pelo atentado, o primeiro a visar muçulmanos xiitas na Arábia Saudita desde novembro passado, quando homens armados mataram pelo menos oito pessoas em um ataque durante a comemoração de uma data religiosa xiita também no leste, onde vive a maior parte desta minoria no país.

O atentado pode prejudicar ainda mais as relações entre sunitas e xiitas na região do Golfo Pérsico, onde as tensões vêm aumentando nas últimas semanas em função das operações militares no Iêmen, realizadas por uma coalizão liderada pelos sauditas contra combatentes do grupo houthi – por sua vez visto como uma força que atua em nome do Irã, a grande potência xiita da região.

Uma testemunha descreveu uma grande explosão na mesquita do Imã Ali, no vilarejo de Al-Qadeeh, onde mais de 150 pessoas rezavam.

“Estávamos na primeira parte das orações quando ouvimos a detonação”, contou Kamal Jaafar Hassan à Reuters por telefone do local.

Um porta-voz do Ministério do Interior saudita, que classificou o atentado como ato terrorista, disse que o homem-bomba detonou um cinturão de explosivos escondido sob suas roupas dentro da mesquita, fazendo com que uma série de pessoas fossem “martirizadas ou feridas”.

Um funcionário de um hospital declarou à Reuters também por telefone que “cerca de 20 pessoas” foram mortas no ataque e que mais de 50 estão sendo tratadas, algumas delas com ferimentos graves. Ele afirmou que outras pessoas foram cuidadas e liberadas. 

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