Arroz e carne responderam por quase 20% da inflação oficial
É a maior alta de preços registrada em um mês, desde novembro de 2010, quando a taxa ficou em 2,2%
Da Redação
Publicado em 7 de novembro de 2012 às 11h58.
Rio de Janeiro – Os alimentos registraram inflação de 1,36% em outubro deste ano, segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). É a maior alta de preços registrada em um mês, desde novembro de 2010, quando a taxa ficou em 2,2%. O arroz e a carne foram os principais responsáveis, com aumentos de 9,88% e de 2,04%, respectivamente.
Juntos, os dois produtos responderam por quase 20% do IPCA de outubro, que chegou a 0,59%. Segundo a coordenadora de Índices de Preços do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Eulina dos Santos, a alta do preço dos alimentos se acentuou no segundo semestre deste ano, influenciada pela baixa oferta no mercado.
“A oferta diminuiu como resultado de problemas climáticos, não só no Brasil, como nos Estados Unidos, grande produtor de grãos, que têm tido as lavouras afetadas pela seca. Além disso, aqui no Brasil, algumas lavouras como o arroz, que não remunerou bem os produtores no ano passado, tiveram sua área plantada reduzida neste ano. Ou seja, a oferta diminuiu”, disse.
Segundo ela, a queda na oferta de grãos e o consequente aumento de preços também têm impacto na inflação das carnes, já que produtos como o milho e a soja são usados como ração animal. “Com a ração subindo, o custo dos produtores fica mais alto e isso ocasiona repasse ao consumidor”, disse Eulina.
Além dos alimentos, cuja taxa passou de 1,26% em setembro para 1,36% em outubro, neste mesmo período foram registradas altas nos grupos de despesa transportes (que passaram de uma queda de preços de 0,08%, em setembro, para uma inflação de 0,24%, em outubro), vestuário (de 0,89% para 1,09%), artigos de residência (de 0,18% para 0,37%), saúde e cuidados pessoais (de 0,32% para 0,48%) e comunicação (de 0,03% para 0,31%).
Em sentido oposto, as despesas com habitação funcionaram como o principal freio para a inflação no período, já que a taxa passou de 0,71% em setembro para 0,38% em outubro. Entre os destaques desse grupo de despesas está a energia elétrica residencial, que teve queda de preços de 0,24% no mês passado.
Também contribuíram para evitar uma alta maior da inflação os grupos despesas pessoais (que passou de uma taxa de 0,73% em setembro para a de 0,1% em outubro) e educação (de 0,1% para 0,05%).
Entre as capitais pesquisadas pelo IBGE, Belém apresentou a maior inflação em outubro: 1,02%, taxa influenciada principalmente pelos alimentos, que tiveram alta de 3,05% na capital paraense. Já Curitiba teve a menor taxa: 0,39%.
No ano, a cidade de São Paulo, que tem um peso de 32% no cálculo da inflação nacional, tem a menor taxa de inflação, 3,54%, bem abaixo da média nacional, 4,38%. Isso, segundo o IBGE, tem contribuído para conter a inflação oficial do país no ano.
A taxa de 4,38% acumulada de janeiro a outubro, no país, já está bem próxima ao centro da meta de inflação do governo, 4,5% ao ano (que pode variar 2 pontos percentuais para cima ou para baixo).
Rio de Janeiro – Os alimentos registraram inflação de 1,36% em outubro deste ano, segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). É a maior alta de preços registrada em um mês, desde novembro de 2010, quando a taxa ficou em 2,2%. O arroz e a carne foram os principais responsáveis, com aumentos de 9,88% e de 2,04%, respectivamente.
Juntos, os dois produtos responderam por quase 20% do IPCA de outubro, que chegou a 0,59%. Segundo a coordenadora de Índices de Preços do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Eulina dos Santos, a alta do preço dos alimentos se acentuou no segundo semestre deste ano, influenciada pela baixa oferta no mercado.
“A oferta diminuiu como resultado de problemas climáticos, não só no Brasil, como nos Estados Unidos, grande produtor de grãos, que têm tido as lavouras afetadas pela seca. Além disso, aqui no Brasil, algumas lavouras como o arroz, que não remunerou bem os produtores no ano passado, tiveram sua área plantada reduzida neste ano. Ou seja, a oferta diminuiu”, disse.
Segundo ela, a queda na oferta de grãos e o consequente aumento de preços também têm impacto na inflação das carnes, já que produtos como o milho e a soja são usados como ração animal. “Com a ração subindo, o custo dos produtores fica mais alto e isso ocasiona repasse ao consumidor”, disse Eulina.
Além dos alimentos, cuja taxa passou de 1,26% em setembro para 1,36% em outubro, neste mesmo período foram registradas altas nos grupos de despesa transportes (que passaram de uma queda de preços de 0,08%, em setembro, para uma inflação de 0,24%, em outubro), vestuário (de 0,89% para 1,09%), artigos de residência (de 0,18% para 0,37%), saúde e cuidados pessoais (de 0,32% para 0,48%) e comunicação (de 0,03% para 0,31%).
Em sentido oposto, as despesas com habitação funcionaram como o principal freio para a inflação no período, já que a taxa passou de 0,71% em setembro para 0,38% em outubro. Entre os destaques desse grupo de despesas está a energia elétrica residencial, que teve queda de preços de 0,24% no mês passado.
Também contribuíram para evitar uma alta maior da inflação os grupos despesas pessoais (que passou de uma taxa de 0,73% em setembro para a de 0,1% em outubro) e educação (de 0,1% para 0,05%).
Entre as capitais pesquisadas pelo IBGE, Belém apresentou a maior inflação em outubro: 1,02%, taxa influenciada principalmente pelos alimentos, que tiveram alta de 3,05% na capital paraense. Já Curitiba teve a menor taxa: 0,39%.
No ano, a cidade de São Paulo, que tem um peso de 32% no cálculo da inflação nacional, tem a menor taxa de inflação, 3,54%, bem abaixo da média nacional, 4,38%. Isso, segundo o IBGE, tem contribuído para conter a inflação oficial do país no ano.
A taxa de 4,38% acumulada de janeiro a outubro, no país, já está bem próxima ao centro da meta de inflação do governo, 4,5% ao ano (que pode variar 2 pontos percentuais para cima ou para baixo).