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Argentina registra déficit comercial de US$ 4,2 bi com o Brasil em 2011

No ano passado, as importações argentinas procedentes do Brasil subiram 22% para US$ 21,944 bilhões

O relatório do Indec destaca que o maior aumento das importações da Argentina ocorreu nos combustíveis e lubrificantes (Wikimedia Commons)
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Da Redação

Publicado em 23 de janeiro de 2012 às 22h52.

São Paulo - A balança comercial da Argentina com relação ao Brasil registrou déficit de US$ 4,242 bilhões em 2011, o que representou um aumento de 20% com relação ao ano anterior, segundo dados divulgados esta segunda-feira pelo Instituto de Estatísticas e Censos (Indec).

No ano passado, as importações argentinas procedentes do Brasil subiram 22% para US$ 21,944 bilhões, enquanto as exportações aumentaram 23%, a US$ 17,702 bilhões.

Os dados oficiais foram divulgados em meio a uma polêmica por novas medidas impostas pelo governo argentino para autorizar importações a partir de 1º de fevereiro, que despertaram críticas de funcionários e empresas brasileiros.

A Federação de Indústrias de São Paulo (Fiesp) anunciou que vai pedir uma audiência com a presidente argentina, Cristina Kirchner, para negociar estas medidas.

"Contamos com que o governo brasileiro faça pressão, mas paralelamente, devemos encontrar alternativas, de forma criativa e amiga", disse o presidente da Fiesp, Paulo Skaf.

O titular da União Industrial Argentina (UIA), José Ignacio de Mendiguren, disse nesta segunda-feira ter conversado com Skaf para antecipar para esta semana a reunião do Conselho Empresarial de Argentina e Brasil, prevista inicialmente para a primeira quinzena de fevereiro, em Buenos Aires.

O relatório do Indec destaca que o maior aumento das importações da Argentina ocorreu nos combustíveis e lubrificantes, com alta de 142%, mas o volume foi reduzido, já que as operações alcançaram US$ 320 milhões.

Foi diferente o impacto em bens intermediários, que registraram compras de US$ 7,251 bilhões (alta de 25%) e em bens de capital, com US$ 3,851 bilhões (15%).

Também houve uma variação significativa em peças e acessórios para bens de capital, com compras de US$ 5,104 bilhões e uma variação de 23%.

Quanto às vendas argentinas para o Brasil, foi registrada alta de 46% em produtos primários e de 23% em manufaturas de origem industrial.

O vice-presidente argentino, Amado Boudou, a cargo do Executivo, minimizou nesta segunda-feira os atritos entre as duas maiores economias sul-americanas, durante ato na cidade de Coronel Suárez (450 km a sudoeste de Buenos Aires).

"É lógico que apareçam problemas quando se está trabalhando para incrementar o comércio" bilateral, disse o ex-ministro da Economia, acrescentando que "são discussões que se circunscrevem a menos de 6% do volume total do comércio" bilateral.

A balança comercial da Argentina fechou 2011 com superávit de US$ 10,347 bilhões, com exportações de US$ 84,269 bi e importações de US$ 73,922 bi.

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São Paulo - A balança comercial da Argentina com relação ao Brasil registrou déficit de US$ 4,242 bilhões em 2011, o que representou um aumento de 20% com relação ao ano anterior, segundo dados divulgados esta segunda-feira pelo Instituto de Estatísticas e Censos (Indec).

No ano passado, as importações argentinas procedentes do Brasil subiram 22% para US$ 21,944 bilhões, enquanto as exportações aumentaram 23%, a US$ 17,702 bilhões.

Os dados oficiais foram divulgados em meio a uma polêmica por novas medidas impostas pelo governo argentino para autorizar importações a partir de 1º de fevereiro, que despertaram críticas de funcionários e empresas brasileiros.

A Federação de Indústrias de São Paulo (Fiesp) anunciou que vai pedir uma audiência com a presidente argentina, Cristina Kirchner, para negociar estas medidas.

"Contamos com que o governo brasileiro faça pressão, mas paralelamente, devemos encontrar alternativas, de forma criativa e amiga", disse o presidente da Fiesp, Paulo Skaf.

O titular da União Industrial Argentina (UIA), José Ignacio de Mendiguren, disse nesta segunda-feira ter conversado com Skaf para antecipar para esta semana a reunião do Conselho Empresarial de Argentina e Brasil, prevista inicialmente para a primeira quinzena de fevereiro, em Buenos Aires.

O relatório do Indec destaca que o maior aumento das importações da Argentina ocorreu nos combustíveis e lubrificantes, com alta de 142%, mas o volume foi reduzido, já que as operações alcançaram US$ 320 milhões.

Foi diferente o impacto em bens intermediários, que registraram compras de US$ 7,251 bilhões (alta de 25%) e em bens de capital, com US$ 3,851 bilhões (15%).

Também houve uma variação significativa em peças e acessórios para bens de capital, com compras de US$ 5,104 bilhões e uma variação de 23%.

Quanto às vendas argentinas para o Brasil, foi registrada alta de 46% em produtos primários e de 23% em manufaturas de origem industrial.

O vice-presidente argentino, Amado Boudou, a cargo do Executivo, minimizou nesta segunda-feira os atritos entre as duas maiores economias sul-americanas, durante ato na cidade de Coronel Suárez (450 km a sudoeste de Buenos Aires).

"É lógico que apareçam problemas quando se está trabalhando para incrementar o comércio" bilateral, disse o ex-ministro da Economia, acrescentando que "são discussões que se circunscrevem a menos de 6% do volume total do comércio" bilateral.

A balança comercial da Argentina fechou 2011 com superávit de US$ 10,347 bilhões, com exportações de US$ 84,269 bi e importações de US$ 73,922 bi.

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