Economia

Argentina negocia diretamente com credores pela 1ª vez

O encontro aconteceu um dia antes da data limite para a moratória


	Axel Kicillof, ministro da Economia da Argentina: após uma reunião de 12 horas, a disputa continuou sem solução
 (Shannon Stapleton/Reuters)

Axel Kicillof, ministro da Economia da Argentina: após uma reunião de 12 horas, a disputa continuou sem solução (Shannon Stapleton/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 30 de julho de 2014 às 06h39.

Nova York - O governo da Argentina negociou nesta terça-feira cara a cara pela primeira vez com os fundos especulativos, um dia antes da data limite para a moratória, informou o mediador nomeado pelo juiz nova-iorquino Thomas Griesa.

"Houve uma troca franca de pontos de vista e de preocupações. Os temas em disputa continuam sem solução", explicou o mediador Daniel Pollack em comunicado emitido após uma reunião de 12 horas em seu escritório.

A reunião teve uma mudança quando, faltando cinco horas para sua finalização (às 18h30 locais, 19h30 de Brasília), o ministro das Finanças da Argentina, Axel Kicillof, se juntou às negociações, que veio para Nova York diretamente de Caracas, na Venezuela.

Além disso, o mediador, que também esteve presente nas negociações, assegurou em seu comunicado que "se vai haver reunião entre as partes amanhã (quarta-feira) e a que horas, isso ainda terá que ser decidido esta noite".

Kicillof, por sua vez, disse que a delegação argentina segue "trabalhando com toda a seriedade que a questão exige" para chegar a um acordo com os fundos especulativos, mas não deu mais informações a respeito.

A Argentina procura chegar a um acordo com os fundos especulativos, chamados de "abutres", que desbloqueie o pagamento do país sul-americano aos credores da dívida reestruturada.

Esse pagamento, que foi efetuado de maneira parcial com um giro de US$ 1,031 milhão, foi congelado pelo juiz Griesa para proteger os credores que não aceitaram a reestruturação, mas que colocou o país diante de uma potencial moratória, que pode ser declarada amanhã se o dinheiro não chegar aos credores. EFE

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