Economia

Argentina eleva conta de luz em 24,4% para ajudar a reduzir déficit fiscal

O governo Macri disse em junho que pretende reduzir os subsídios em energia e transportes em 0,3% e 0,4% do PIB em 2018 e 2019

O corte de subsídios tem causado protestos e contribuíram para o aumento da inflação do país (Pete Norton/Getty Images)

O corte de subsídios tem causado protestos e contribuíram para o aumento da inflação do país (Pete Norton/Getty Images)

R

Reuters

Publicado em 1 de agosto de 2018 às 14h48.

Buenos Aires - As contas de luz na Argentina terão um forte reajuste de 24,4 por cento em média, disse nesta quarta-feira o ministro de Energia do país, Javier Iguacel, no último aumento de uma série de altas que têm visado cortar subsídios e reduzir o déficit fiscal.

O presidente Mauricio Macri tem reduzido gradualmente subsídios desde que tomou posse, em dezembro de 2015, melhorando as contas públicas, mas também contribuindo para a inflação, que atingiu 29,5 por cento em junho.

Os cortes de subsídios têm impulsionado protestos, e em maio Macri foi forçado a vetar um projeto de lei que propunha um congelamento das tarifas de empresas de serviços públicos, como de energia e água.

O movimento vem após o ministério dos Transportes ter anunciado na última sexta-feira uma alta de 30 por cento nas tarifas de ônibus e trens na região metropolitana de Buenos Aires. Em março, o governo já havia anunciado altas de 28 por cento a 40 por cento nos preços de gás natural para aquecimento de casas.

O governo disse em junho que pretende reduzir os subsídios em energia e transportes em 0,3 por cento e 0,4 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2018 e 2019, respectivamente, como parte de um acordo de 50 bilhões de dólares com o Fundo Monetário Internacional (FMI) em junho, após uma grande desvalorização do peso argentino.

Acompanhe tudo sobre:ArgentinaReajustes de preçosreformas

Mais de Economia

Haddad: pacote de corte de gastos será divulgado após reunião de segunda com Lula

“Estamos estudando outra forma de financiar o mercado imobiliário”, diz diretor do Banco Central

Reunião de Lula e Haddad será com atacado e varejo e não deve tratar de pacote de corte de gastos

Arrecadação federal soma R$ 248 bilhões em outubro e bate recorde para o mês