Appy destacou, porém, que as formas de diferenciação ainda estão sendo debatidas (Edu Andrade/ASCOM/MF/Flickr)
Agência de notícias
Publicado em 10 de maio de 2023 às 16h39.
Última atualização em 10 de maio de 2023 às 16h49.
O secretário especial de reforma tributária do Ministério da Fazenda, Bernard Appy, assumiu que será necessário tratamento diferenciado para alguns setores econômicos para que a proposta seja aprovada no Congresso Nacional. O governo era resistente à ideia de ceder a exceções.
Appy destacou, porém, que as formas de diferenciação ainda estão sendo debatidas. O secretário falou a deputados da Comissão de Minas e Energia da Câmara dos Deputados.
"A questão setorial ainda está em discussão. É possível, é bem provável, que para poder viabilizar politicamente a aprovação, alguns setores, muito possivelmente agronegócio, alimentos, educação, saúde e transporte, sejam setores que tenham um tratamento diferenciado. Mas, mesmo se não tivemos tratamento diferenciado, a reforma seria positiva para todos", disse.
O secretário ainda prevê uma transição das cinco alíquotas de consumo para um importo único ou dual em menos de dez anos.
"Se aprovássemos a reforma tributária neste ano, supondo que se aprove a lei complementar no ano que vem, acreditamos que em meados de 2025 poderia ser feita a transição do PIS/Cofins para o CBS. A partir de 2027, otimisticamente, 2026, mas realisticamente, 2027, você começaria a redução das alíquotas de ISS e ICMS. [A transição aconteceria] Em quatro, no caso da PEC 45, e em cinco anos no caso da PEC 110. Com isso, vc completaria esse processo em 2030 ou 2031, quando os tributos atuais seriam totalmente extinto e teríamos um novo. O IPI seria substituído pelo imposto seletivo", explicou.