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China tem arsenal para reagir às últimas ameaças tarifárias de Trump

Aumentar gastos ou tentar implantar projetos de infraestrutura para compensar qualquer impacto no emprego são algumas das opções dos chineses

Dinheiro chinês: a China tem um arsenal de opções monetárias e fiscais para se proteger das ameaças de Trump (William Potter/Getty Images)

Ligia Tuon

Publicado em 3 de agosto de 2019 às 08h00.

Última atualização em 3 de agosto de 2019 às 08h00.

A mais recente ameaça tarifária do presidente dos Estados Unidos , Donald Trump, pode prejudicar a economia da China, já em desaceleração, e forçar novas medidas dos formuladores de políticas em Pequim para evitar um desaquecimento mais profundo, dizem especialistas.

Economistas estimam que as possíveis tarifas de 10% sobre mais US$ 300 bilhões em mercadorias chinesas podem significar que o ritmo de crescimento testará o piso do intervalo do governo entre 6% e 6,5% este ano - ou até ser mais fraco

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No entanto, um arsenal pesado de opções monetárias e fiscais significa que tanto o governo quanto o Banco Popular da China (PBOC) têm espaço significativo para responder. As autoridades podem aumentar os gastos ou tentar implantar projetos de infraestrutura para compensar qualquer impacto no emprego.

O PBOC também tem um kit de ferramentas de políticas que incluem mais cortes das taxas de juros e outras medidas para estimular os empréstimos.

"Se tais tarifas adicionais fossem impostas, elas pressionariam ainda mais o crescimento na China, mas provavelmente não o suficiente para que Pequim entrasse em pânico", disse Louis Kuijs, economista-chefe para Ásia da Oxford Economics, em Hong Kong.

Sinais contraditórios

A ameaça de novas tarifas vem em meio a sinais contraditórios sobre a economia de US$ 14 trilhões da China. Embora os indicadores de atividade do setor de manufatura tenham mostrado sinais de melhora em julho, outros dados apontam para desaquecimento contínuo. As exportações continuam fracas, a confiança empresarialazedoue a desaceleração dos preços das fábricas flerta com a deflação.

Na sexta-feira, Pequimprometeu responderse os EUA insistirem em aplicar mais tarifas ao restante das importações chinesas.

"Se os EUA implementarem tarifas adicionais, a China terá que tomar as contramedidas necessárias", disse a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Hua Chunying, em reunião em Pequim, sem dar mais detalhes.

Economistas do Standard Chartered estimam que as tarifas extras poderiam reduzir o crescimento anual do PIB da China em 0,3 ponto percentual, mantendo o ritmo geral acima do piso de 6% com os estímulos do governo.

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