Economia

Alemanha rejeita transgênicos, diz ministra

A ministra da Defesa do Consumidor, Alimentos e Agricultura da Alemanha, Renate Künast, disse nesta segunda-feira (27/10) que os produtos transgênicos são rejeitados pela maioria da população de seu país. "Pesquisas de opinião na Europa apontam reservas para os transgênicos", disse ela, durante a abertura do 9º Encontro Econômico Brasil-Alemanhã, que começou no domingo (28/10), […]

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 11h24.

A ministra da Defesa do Consumidor, Alimentos e Agricultura da Alemanha, Renate Künast, disse nesta segunda-feira (27/10) que os produtos transgênicos são rejeitados pela maioria da população de seu país. "Pesquisas de opinião na Europa apontam reservas para os transgênicos", disse ela, durante a abertura do 9º Encontro Econômico Brasil-Alemanhã, que começou no domingo (28/10), em Goiânia.

A ministra também criticou quem afirma que está nos produtos geneticamente modificados a solução para a fome no mundo. "Não acredito que seja a solução para a fome e acho que pode provocar mais problemas ecológicos", disse a ministra. Segundo ela, o programa Fome Zero conta com o apoio do governo alemão porque diminui o abismo social, atingindo os aspectos conjunturais da fome. "Não é apenas um programa de ações a curto prazo, como se pensa, mas medidas que também atacam as causas dos problemas", destacou.

O comércio alemão tem uma participação de 10% no valor bruto da geração de riqueza do país. Aproximadamente 80% dos trabalhadores estão empregados nas 610.000 empresas comerciais. O setor é marcado pela forte presença das pequenas e médias empresas. Metade delas não ocupa mais de duas pessoas e em 90% trabalham menos de dez pessoas. O Brasil recebeu cerca de 1,5 bilhão de euros, através de cooperação técnica e financeira, abrangendo projetos e programas para proteção das florestas tropicais brasileiras, abastecimento de água, saneamento básico na área rural, proteção ambiental urbana e industrial, bem como medidas para redução da pobreza no campo.

O Brasil detém mais de 70% da biodiversidade mundial, mas a ministra acredita que existe a necessidade de inovações no campo da agricultura e pecuária para preservar este tesouro. Ela lembrou que o consumidor está cada vez mais interessado em sustentabilidade econômica, social e ambiental.

Agronegócio e agroindústria

O Brasil dispõe hoje de 15 milhões de hectares de cerrado agricultável, dos quais cinco milhões estão em Goiás. O encontro estimou também que o agronegócio pode triplicar em 10 anos em Goiás - considerando-se que a lavoura ocupa mais de três milhões de hectares e os ganhos em produtividade nos últimos cinco anos foram de 19,24% - , sem desmatamento expressivo de novas áreas.

Segundo os organizadores, a soja é a principal cultura de Goiás, responsável por 60% das exportações do Estado, com uma produção de 6.022.370 toneladas previstas para a safra 2002/2003, deixando Goiás na quarta colocação do país. O milho é a segunda cultura do Estado, com produção de 3.387.532 toneladas na safra 2001/2002.

Goiás é o segundo maior produtor nacional de algodão, com 300.988 toneladas de algodão em caroço e 106.475 toneladas de algodão pluma. Outro produto que se destaca na produção agrícola goiana é o tomate. A maior parte das fábricas de produtos de tomate do país estão localizadas em Goiás. Em 2003 estão previstos 951.410 toneladas, com um aumento de aproximadamente 32% em relação a 2002 (751.525 toneladas), transformando o Estado no principal produtor nacional.

A produção de cana-de-açúcar apresenta um grande potencial de expansão, com 13 indústrias instaladas. De acordo com os sindicatos das indústrias de açúcar e álcool, a produção goiana de cana-de-açúcar é de quase 12 milhões de toneladas. Já a produção de açúcar alcança mais de 12 milhões de sacas de 50 quilos de açúcar. Anualmente, também são produzidos 600 milhões de litros de álcool carburante.

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