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Alemanha cria "reserva" de emergência ante futuras crises sanitárias

Considerado um bom exemplo de gestão da pandemia, o país tem 1 milhão de casos de contágio por covid-19

Alemanha: governo de Angela Merkel vai mobilizar € 1 bilhão em 2021 para constituir esta "reserva", que serviria para enfrentar os primeiros meses de uma crise sanitária (Alex Kraus/Bloomberg)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 30 de novembro de 2020 às 18h31.

A Alemanha criará uma "reserva" de emergência com material distribuído por todo seu território, incluindo máscaras, respiradores, roupas de proteção e medicamentos, para enfrentar futuras crises de saúde.

O governo de Angela Merkel vai mobilizar € 1 bilhão em 2021 (em torno de US$ 1,195 bilhão) para constituir esta "reserva", que lhe serviria para enfrentar os primeiros meses de uma crise sanitária.

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Equipamentos de proteção, máscaras, medicamentos, ou respiradores serão armazenados em 19 locais em toda Alemanha, anunciou o ministro da Saúde, Jens Spahn, nesta segunda-feira, 30, após um conselho de ministros dedicado à pandemia da covid-19.

Essa reserva permitirá que a Alemanha esteja coberta durante o primeiro mês, em caso de uma nova pandemia, e garantir o fornecimento de novo material por parte dos fabricantes locais durante os cinco meses seguintes.

"É algo caro de manter, mas, em caso de crise, é mais barato e, sobretudo, mais eficaz", justificou o ministro, ao confirmar que está em curso a coordenação em nível europeu a este respeito.

Esta "reserva nacional de emergência" estará pronta em 2023.

Considerada um bom exemplo de gestão da pandemia, a Alemanha tem 1 milhão de casos de contágio por covid-19. Em março, também teve de lidar com a falta de material, principalmente máscaras.

Antes da reunião do conselho de ministros, Merkel repudiou os planos de alguns governos regionais de deixar hotéis abrirem para estadias familiares durante o Natal, alertando que isso ameaça agravar a disparada de casos de coronavírus que assola o país.

Os níveis diários de infecção aumentaram na comparação com o mesmo período da semana passada, apesar do lockdown parcial adotado em novembroe desde então prorrogado e endurecido na tentativa de controlar a disseminação do vírus.

Na semana passada, Merkel e premiês estaduais concordaram em permitir um relaxamento parcial do lockdown para que as famílias realizem comemorações natalinas discretas.

Mas em uma videoconferência com a cúpula da liderança de seu partido conservador realizada nesta segunda-feira, Merkel disse que não entende os planos de alguns Estados do norte e do oeste, onde a epidemia é menos grave, para permitir que os hotéis abram para que parentes afastados se reúnam.

Apesar dos comentários de Merkel, líderes regionais têm a palavra final sobre o que acontece em seus Estados, conforme a estrutura federal alemã.

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