Ajuste fiscal não é ortodoxia, diz Mantega
Em entrevista à BBC Brasil, ministro disse que política econômica continua desenvolvimentista e que sempre esteve sintonizado com a presidente
João Pedro Caleiro
Publicado em 17 de novembro de 2014 às 09h24.
São Paulo - Guido Mantega nega que os ajustes anunciados pelo governo até agora signifiquem uma guinada na política econômica e uma negação do discurso de campanha.
Em entrevista à BBC Brasil concedida na Austrália durante a reunião do G-20, o ministro da Fazenda disse que é a "volta da normalidade" no cenário internacional que demanda um desmonte das políticas anticíclicas implantadas durante a crise:
"Fazer ajuste fiscal não é uma medida ortodoxa. Você manter a solidez fiscal é, digamos, o princípio de qualquer política, seja ela ortodoxa ou heterodoxa."
Ele disse que a política continua "desenvolvimentista", o que define como "uma estratégia que visa a criar mais empregos, que visa a diminuir as disparidades sociais e de renda".
Ele também voltou a ligar a retomada do crescimento com a recuperação da economia internacional e citou como pontos positivos para esta nova fase os fundamentos do mercado interno brasileiro e o amadurecimento das concessões e dos programas de investimento.
Tudo indica que estes são os últimos momentos de Mantega no governo após mais de 8 anos como ministro. Durante a campanha, a presidente afirmou que teria uma nova equipe econômica no segundo mandato - e a especulação sobre os nomes corre solta desde então.
Mantega negou que seja alvo de críticas dentro do governo, como a da ministra Marta Suplicy em sua carta de saída. O ministro disse que sempre teve autoridade e sintonia com a presidente: "As iniciativas que tomamos sempre foram aprovadas e apoiadas [por ela]."
Também do G-20, Dilma confirmou que 2015 será um ano de cortes nas despesas.
São Paulo - Guido Mantega nega que os ajustes anunciados pelo governo até agora signifiquem uma guinada na política econômica e uma negação do discurso de campanha.
Em entrevista à BBC Brasil concedida na Austrália durante a reunião do G-20, o ministro da Fazenda disse que é a "volta da normalidade" no cenário internacional que demanda um desmonte das políticas anticíclicas implantadas durante a crise:
"Fazer ajuste fiscal não é uma medida ortodoxa. Você manter a solidez fiscal é, digamos, o princípio de qualquer política, seja ela ortodoxa ou heterodoxa."
Ele disse que a política continua "desenvolvimentista", o que define como "uma estratégia que visa a criar mais empregos, que visa a diminuir as disparidades sociais e de renda".
Ele também voltou a ligar a retomada do crescimento com a recuperação da economia internacional e citou como pontos positivos para esta nova fase os fundamentos do mercado interno brasileiro e o amadurecimento das concessões e dos programas de investimento.
Tudo indica que estes são os últimos momentos de Mantega no governo após mais de 8 anos como ministro. Durante a campanha, a presidente afirmou que teria uma nova equipe econômica no segundo mandato - e a especulação sobre os nomes corre solta desde então.
Mantega negou que seja alvo de críticas dentro do governo, como a da ministra Marta Suplicy em sua carta de saída. O ministro disse que sempre teve autoridade e sintonia com a presidente: "As iniciativas que tomamos sempre foram aprovadas e apoiadas [por ela]."
Também do G-20, Dilma confirmou que 2015 será um ano de cortes nas despesas.