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Ainda sem efeito do coronavírus, dívida pública federal cai 1,55% em março

É esperado que a dívida pública suba consideravelmente no curto prazo em função das medidas anunciadas pelo governo para mitigar os impactos da pandemia

(Marcio Anderson/Getty Images/Getty Images)
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Reuters

Publicado em 28 de abril de 2020 às 15h20.

Última atualização em 28 de abril de 2020 às 15h23.

A dívida pública federal do Brasil caiu 1,55% em março sobre fevereiro, a 4,215 trilhões de reais, divulgou o Tesouro Nacional nesta terça-feira.

No mesmo período, a dívida pública mobiliária interna teve recuo de 2,28%, a 4,007 trilhões de reais.

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Em mensagem divulgada à imprensa, o Tesouro afirmou que segue acompanhando a evolução dos indicadores de mercado, podendo atuar sempre que observar disfuncionalidades nos negócios, mitigando efeitos adversos sobre o mercado de títulos públicos e de outros mercados correlatos.

O Tesouro também disse que irá publicar seu novo Plano Anual de Financiameto (PAF) e um novo cronograma de leilões "tão logo as incertezas nos mercados diminuam, permitindo a realização de projeções em horizontes mais longos".

É esperado que a dívida pública suba consideravelmente no curto prazo em função das medidas anunciadas pelo governo para mitigar os impactos da pandemia do novo coronavírus .

A trajetória da dívida é observada de perto pelo mercado financeiro, pois indica a capacidade do país de honrar suas obrigações financeiras com os credores.

Em outubro do ano passado, a dívida pública havia atingido seu pior momento: 80% do PIB. Foi nesse mesmo mês em que a reforma da Previdência foi aprovada no Senado e a redução no ritmo de crescimento dos gastos, da ordem de 856 bilhões de reais ao longo de uma década, permitiria estabilizar a dívida pública.

Em seu melhor momento da história recente, dezembro de 2013, a dívida brasileira era de 51,5% do PIB. Em apenas seis anos, houve um aumento de 30 pontos percentuais. O retorno a esse patamar dependerá da continuidade da política de austeridade fiscal logo após o fim da pandemia e da aprovação de reformas fiscais pelo Congresso.

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