Economia

Agricultura poderá alcançar 107,383 mi de toneladas em 2003

A produção total de cereais, leguminosas e oleaginosas (algodão, amendoim, arroz, feijão, mamona, milho, soja, aveia, centeio, cevada, girassol, milho, sorgo, trigo e triticale) poderá alcançar 107,383 milhões de toneladas em 2003, 10,56% superior à de 2002 (97,122 milhões de toneladas), segundo estimativas sobre a produção agrícola feita pelo IBGE. Esta estimativa ainda envolve algumas […]

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h45.

A produção total de cereais, leguminosas e oleaginosas (algodão, amendoim, arroz, feijão, mamona, milho, soja, aveia, centeio, cevada, girassol, milho, sorgo, trigo e triticale) poderá alcançar 107,383 milhões de toneladas em 2003, 10,56% superior à de 2002 (97,122 milhões de toneladas), segundo estimativas sobre a produção agrícola feita pelo IBGE. Esta estimativa ainda envolve algumas simulações, mais precisamente para os cultivos de inverno (trigo, aveia, centeio e cevada) e para a segunda e a terceira safras de alguns produtos, que, devido ao calendário agrícola, não permitem obter, no momento, uma primeira estimativa de produção.

Todas as grandes regiões produtoras, registram aumento em relação à safra anterior: Sul (12%), Centro-Oeste (7,08%), Sudeste (1,68%), Nordeste (40,05%) e Norte (3,18%). A produção estimada por região é, respectivamente, 48,152 milhões de toneladas, 33,561 milhões de toneladas, 14,394 milhões de toneladas, 9,015 milhões de toneladas e 2,261 milhões de toneladas.

As condições climáticas nos principais pólos produtores de grãos do país apresentam-se normais. Em alguns pontos houve excesso de chuvas, provocando atraso nas primeiras colheitas de soja e milho, mas sem causar perdas para os produtores.

A produção de algodão herbáceo em caroço, para a safra de 2003, perfaz um total de 2,234 milhões de toneladas, 3,41% maior à obtida em 2002, quando foram colhidos 2,160 milhões de toneladas. A expansão se deve principalmente ao estado da Bahia, que apresenta acréscimos significativos na área plantada (8,6%) e na produtividade (36%). Nos demais estados onde a produção de algodão é mais expressiva, as variações na produção são as seguintes: Mato Grosso (-0,47%), Goiás (0,03%), Mato Grosso do Sul (-6,56%) e São Paulo (-0,36%).

A área plantada para essa safra de algodão não apresentou alteração relevante, mas apenas retração de 1,12%, passando de 761 mil hectares em 2002 para 753 mil hectares na presente safra. Como já se mencionou no prognóstico de dezembro, a cultura de algodão perdeu área para outros produtos, cujo mercado na época do plantio sinalizava vantagens para os agricultores. Entre essas outras culturas, a soja se situou em primeiro plano.

No caso do arroz, registra-se uma produção de 10,538 milhões de toneladas, 0,64% a mais do que a colhida em 2002 (10,472 milhões de toneladas). No Rio Grande do Sul, onde se concentra metade da produção de arroz do país, é esperada para 2003 uma produção de cerca de 5,381 milhões de toneladas, ante 5,477 milhões de toneladas na safra passada. Mato Grosso e Maranhão, também importantes produtores, apresentam, respectivamente, produção de 1,052 milhão de toneladas (-12,22%) e 703 mil toneladas (11,74%).

No que concerne à cultura do feijão 1ª safra, como resultado da situação favorável representada pelos preços atraentes para os produtores, a produção para 2003 aponta um aumento de 16,15% em relação a 2002. Nos principais estados onde o feijão é mais cultivado nesta época do ano, ou seja, Bahia, Minas Gerais, Paraná e Santa Catarina, o crescimento respectivo é de 72%, 5,8%, 0,84% e 8,5%. Mesmo com esses ganhos, no entanto, algumas regiões do Paraná e da Bahia já apresentam prejuízos na produção, pois a produtividade resultou inferior à aguardada inicialmente, devido às condições adversas do clima, com excesso de chuvas no Paraná e má distribuição na Bahia. Também em Goiás, na região de Rio Verde, o excesso de chuva ocasionou sérias perdas nas lavouras de feijão.

Para o milho 1ª safra, a estimativa inicial para a temporada de 2003 totaliza uma produção de cerca de 32,050 milhões de toneladas, 9,39% superior à colhida no ano anterior, quando foi obtido um volume de 29,298 milhões de toneladas. A diferença positiva de cerca de 2,7 milhões de toneladas de milho é um fato bastante benéfico para o setor, pois a escassez do produto vinha causando transtorno no abastecimento interno, ocasionando danos nos diversos segmentos que compõem a cadeia do produto, com reflexo maior na avicultura e na suinocultura. A área plantada não se expandiu muito (1,74%), mas a produtividade apresenta acréscimo de 7,49%, elevando a média nacional de 3.203 kg/ha para 3.443 kg/ha. A causa mais evidente do acréscimo reduzido na área do milho foi a opção dos produtores pelo plantio da soja, produto que apresenta, nessa safra, algumas vantagens sobre o milho, principalmente em razão dos preços da leguminosa, ora beneficiados pela desvalorização do real perante o dólar.

Entre os principais estados produtores de milho do país, que produzem acima de um milhão de toneladas, somente Bahia (78%), Minas Gerais (2%), Santa Catarina (33%) e Rio Grande do Sul (23%) registram aumento na primeira estimativa para 2003. São Paulo, Paraná e Goiás apresentam, respectivamente, reduções de 4,8%, 1,7% e 0,98%.

Em decorrência das cotações, que se acham favoráveis à sua comercialização, a produção de soja para a safra de 2003 registra o significativo aumento de 17%, passando de 42 milhões de toneladas no ano passado para 49 milhões de toneladas. Todos os estados que produzem soja no país apresentam aumento em 2003. Entre os principais produtores, os maiores acréscimos são observados na Bahia (39%), Paraná (12%), Rio Grande do Sul (38%), Mato Grosso do Sul (11%), Mato Grosso (12%) e Goiás (12%). A produção dos três estados que mais cultivam soja no Brasil são: Mato Grosso, 13 milhões de toneladas; Paraná, 10,6 milhões de toneladas; e Rio Grande do Sul, 7,7 milhões de toneladas.

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