Agricultores do Rio terão R$ 53 milhões para enfrentar seca
As perdas com a estiagem no estado já totalizaram R$ 100 milhões apenas no terceiro trimestre de 2014, sendo 75% concentradas no Norte e Noroeste
Da Redação
Publicado em 26 de janeiro de 2015 às 17h01.
Rio - O governo do estado do Rio de Janeiro lançou nesta segunda-feira, 26, um plano de contingência com investimentos de R$ 53 milhões para enfrentar os efeitos da estiagem no norte e noroeste fluminense.
Os recursos - R$ 30 milhões provenientes de um convênio com o Banco Mundial e outros R$ 23 milhões desembolsados pelo estado -, serão aplicados em ações como a perfuração de poços artesianos para uso coletivo, recuperação de açudes e barragens, além da implantação de sistemas de nutrição para os rebanhos em risco.
"A prioridade na escavação dos poços é o abastecimento para consumo humano, porque em algumas vilas já tem escassez de água para uso dos habitantes", ressaltou o secretário estadual de Agricultura do Rio de Janeiro, Christino Áureo.
Os municípios do noroeste fluminense são os mais afetados pela seca no estado.
Entre os mais atingidos estão São Fidélis, Italva, Itaocara, São José de Ubá e Itaperuna.
"O núcleo Noroeste é o mais afetado, sem dúvida", confirmou Áureo.
"Estamos diante de uma estiagem que nenhum instituto conseguiu prever. Há um ano, ninguém imaginava uma estiagem desse tamanho. Tudo indica que teremos alívio entre março e maio, mas depois, de junho a outubro, tem tempo seco de novo no Rio de Janeiro", lembrou.
As perdas com a estiagem no estado já totalizaram R$ 100 milhões apenas no terceiro trimestre de 2014, sendo 75% concentradas no Norte e Noroeste.
O cálculo estima que 20% desse prejuízo venham da produção de leite, 15% da cana de açúcar e 5% do complexo hortifruti.
Também foram perdidos dois mil animais no rebanho fluminense. No entanto, o secretário afirma que, por enquanto, não há risco de desabastecimento no estado.
"Boa parte dessas culturas prejudicadas estão sendo supridas por outras regiões que não foram tão afetadas, como a própria região serrana do Rio. As perdas ainda estão suportadas", explicou.
A Secretaria de Agricultura ainda não tem previsão para as perdas com a estiagem nos próximos meses, mas espera que o plano de contingência ajude a diminuir o prejuízo.
As ações serão realizadas dentro do Programa Rio Rural, que prevê investimentos de US$ 280 milhões de 2007 a 2018 dentro de um convênio do governo do estado com o Banco Mundial.
Cada uma das partes entra com 50% dos recursos, que são destinados ao apoio e melhoramento da agricultura familiar no estado.
Para o plano de contingência, o estado conseguiu uma antecipação de recursos provenientes do Banco Mundial.
"Os produtores já estão organizados, então é mais fácil a implantação dos projetos", disse Áureo.
A expectativa é que as ações, que serão executadas durante todo o ano de 2015, beneficiem cerca de 13 mil pequenos produtores prejudicados pela estiagem.
Rio - O governo do estado do Rio de Janeiro lançou nesta segunda-feira, 26, um plano de contingência com investimentos de R$ 53 milhões para enfrentar os efeitos da estiagem no norte e noroeste fluminense.
Os recursos - R$ 30 milhões provenientes de um convênio com o Banco Mundial e outros R$ 23 milhões desembolsados pelo estado -, serão aplicados em ações como a perfuração de poços artesianos para uso coletivo, recuperação de açudes e barragens, além da implantação de sistemas de nutrição para os rebanhos em risco.
"A prioridade na escavação dos poços é o abastecimento para consumo humano, porque em algumas vilas já tem escassez de água para uso dos habitantes", ressaltou o secretário estadual de Agricultura do Rio de Janeiro, Christino Áureo.
Os municípios do noroeste fluminense são os mais afetados pela seca no estado.
Entre os mais atingidos estão São Fidélis, Italva, Itaocara, São José de Ubá e Itaperuna.
"O núcleo Noroeste é o mais afetado, sem dúvida", confirmou Áureo.
"Estamos diante de uma estiagem que nenhum instituto conseguiu prever. Há um ano, ninguém imaginava uma estiagem desse tamanho. Tudo indica que teremos alívio entre março e maio, mas depois, de junho a outubro, tem tempo seco de novo no Rio de Janeiro", lembrou.
As perdas com a estiagem no estado já totalizaram R$ 100 milhões apenas no terceiro trimestre de 2014, sendo 75% concentradas no Norte e Noroeste.
O cálculo estima que 20% desse prejuízo venham da produção de leite, 15% da cana de açúcar e 5% do complexo hortifruti.
Também foram perdidos dois mil animais no rebanho fluminense. No entanto, o secretário afirma que, por enquanto, não há risco de desabastecimento no estado.
"Boa parte dessas culturas prejudicadas estão sendo supridas por outras regiões que não foram tão afetadas, como a própria região serrana do Rio. As perdas ainda estão suportadas", explicou.
A Secretaria de Agricultura ainda não tem previsão para as perdas com a estiagem nos próximos meses, mas espera que o plano de contingência ajude a diminuir o prejuízo.
As ações serão realizadas dentro do Programa Rio Rural, que prevê investimentos de US$ 280 milhões de 2007 a 2018 dentro de um convênio do governo do estado com o Banco Mundial.
Cada uma das partes entra com 50% dos recursos, que são destinados ao apoio e melhoramento da agricultura familiar no estado.
Para o plano de contingência, o estado conseguiu uma antecipação de recursos provenientes do Banco Mundial.
"Os produtores já estão organizados, então é mais fácil a implantação dos projetos", disse Áureo.
A expectativa é que as ações, que serão executadas durante todo o ano de 2015, beneficiem cerca de 13 mil pequenos produtores prejudicados pela estiagem.