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Agência da ONU critica austeridade como contenção da crise

Para o órgão, o ideal é reduzir as tarifas para que as famílias se sintam estimuladas a consumir

Protesto na Grécia: "Aumentar os impostos em um momento de recessão não é uma boa ideia", disse diretor da Unctad (Stefania Mizara/Corbis/Latin Stock)
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Da Redação

Publicado em 11 de setembro de 2012 às 13h47.

Brasília – A Agência das Nações Unidas para Comércio e Desenvolvimento (cuja a sigla em inglês é Unctad) condenou hoje (11) as propostas, analisadas por alguns países que sofrem com os impactos da crise econômica internacional , de aumento de impostos. Medidas de austeridade são defendidas pelas autoridades gregas, italianas e espanholas. Para o órgão, o ideal é reduzir as tarifas para que as famílias se sintam estimuladas a consumir.

Pelo Relatório sobre Comércio e Desenvolvimento 2012, divulgado pela Unctad, haverá um crescimento econômico global de 2,3% este ano - 4 pontos a menos do que o crescimento registrado em 2011. De acordo com o documento, as políticas de austeridade "não conseguiram gerar crescimento econômico", e são "claramente o caminho errado".

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"Aumentar os impostos em um momento de recessão não é uma boa ideia, exceto, talvez, em certos casos", disse o diretor da Divisão de Estratégias de Desenvolvimento da Unctad, Heiner Flassbeck. Para ele, a redução dos impostos para as empresas é "a coisa mais estúpida" e "os negócios não são determinados por impostos, mas pela procura".

Em seguida, Flassbeck acrescentou: “[Reduzir os impostos às famílias] seria sim um grande benefício para as empresas e os governos". "A austeridade é um desastre", reforçou ele, defendendo o estímulo como "a única maneira de sair da crise."

Para o diretor, os governos devem gastar principalmente com políticas públicas que leve ao estímulo do mercado de trabalho e a condições de redução das desigualdades. Caso contrário, segundo ele, a economia entrará em "colapso".

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