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ABPA diz que 163 unidades frigoríficas retomam atividade após greve

Entidade que representa produtores disse que unidades produtoras e processadoras da avicultura e da suinocultura deverão ter situação normalizada em 60 dias

Frigoríficos: estimativa inicial da ABPA é de mais de 3 bilhões de reais em perdas para o setor (Rodolfo Buhrer/Reuters)
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Reuters

Publicado em 1 de junho de 2018 às 20h26.

São Paulo - A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) disse que 163 unidades frigoríficas em todo o Brasil retomaram atividades até esta sexta-feira, após uma suspensão de abates e processamento devido à greve dos caminhoneiros nos últimos dias.

Em nota, a entidade que representa produtores disse que todas unidades produtoras e processadoras da avicultura e da suinocultura deverão restabelecer atividades e que a situação deverá recuperar o padrão normal em 60 dias.

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"A retomada acontecerá de forma gradativa... os pontos onde ocorreram falta grave de ração estão sendo supridos. Até a próxima semana, os níveis de abastecimento de alimentos nas granjas deverão voltar à normalidade", adicionou a associação.

A estimativa inicial da ABPA é de mais de 3 bilhões de reais em perdas para o setor, devido à comercialização prejudicada no mercado interno, animais mortos, custos logísticos e perdas de contratos de exportação, entre outros.

No auge da crise de desabastecimento gerada pela greve dos caminhoneiros, o setor enfrentou morte de milhões de aves e até mesmo canibalismo entre animais devido à falta de ração.

A ABPA afirmou ainda que haverá falta de produtos de aves, suínos e ovos nos supermercados e outros pontos de venda "até que a produção e a distribuição sejam completamente restauradas".

A associação disse no início da semana que a greve já havia impedido a exportação de 120 mil toneladas de carnes de frango e suína desde o início dos protestos de caminhoneiros e que o número de aves mortas já chegava então a 70 milhões.

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