Economia

Europa está uma pechincha, diz investidor do mercado de luxo

Enquanto as preocupações com a economia se espalham pelo resistente mercado do glamour, analistas preveem que os preços de bens luxuosos vão cair


	"Toda a Europa está à venda. A Europa é uma pechincha", disse Al-Sabah, membro do conselho da destacada incorporadora imobiliária kuwaitiana Tamdeen Group
 (Creative Commons/Moxieg/Flickr)

"Toda a Europa está à venda. A Europa é uma pechincha", disse Al-Sabah, membro do conselho da destacada incorporadora imobiliária kuwaitiana Tamdeen Group (Creative Commons/Moxieg/Flickr)

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Da Redação

Publicado em 22 de setembro de 2012 às 11h45.

Milão - Investidores de países emergentes estão à caça das marcas de luxo na Europa, mais baratas agora que a turbulência econômica pressiona os preços para baixo, disse à Reuters o varejista kuwaitiano de artigos de luxo Sheikh Majed Al-Sabah.

Enquanto as preocupações com a economia se espalham pelo resistente mercado do glamour, analistas preveem que os preços de bens luxuosos vão cair. "Toda a Europa está à venda. A Europa é uma pechincha", disse Al-Sabah, membro do conselho da destacada incorporadora imobiliária kuwaitiana Tamdeen Group, em pronunciamento na terça-feira, antes do início da semana de moda de Milão.

A venda em julho da casa Valentino, da empresa de private equity Premira, para a família real do Catar foi avaliada em 700 milhões de euros (909 milhões de dólares), ou 2,2 vezes as vendas históricas, ficando assim em média com o setor de artigos luxuosos.

Em 2001, a LVMH comprou a participação da Prada na Fendi por 1,2 bilhão de euros, ou quatro vezes as vendas históricas. "Esses tempos acabaram", disse Al-Sabah, acrescentando que os investidores estão de olho em oportunidades no mercado imobiliário, tais como os resorts luxuosos.

À medida que os consumidores se tornam mais afluentes, passam a comprar experiências em vez de acumular mercadorias, avalia em relatório a Ledbury Research, especialista no mercado internacional do luxo.

Vivenciar o luxo responde por mais da metade dos gastos com bens de alto custo na maioria dos países, incluindo as nações emergentes, de acordo com o Boston Consulting Group. Pessoas com mais de 1 milhão de dólares deixam a cada ano 37 por cento de sua riqueza em propriedades, 18 por cento em dinheiro e somente 17 por cento em ações, diz a Ledbury.

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