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Se você odeia bancos&

Bancos são polarizadores de opiniões. Algumas pessoas (especialmente os mais velhos) parecem gostar tanto de bancos que vão às agências todos os dias, uma espécie de ritual desnecessário, em vista do arsenal tecnológico que os bancos nos oferecem para fazermos nossas operações à distância. Outros odeiam os bancos visceralmente e os consideram a raiz de todos os males, entidades sem escrúpulos cuja única função é explorar pessoas inocentes e escravizá-las […] Leia mais

V
Você e o Dinheiro

Publicado em 12 de fevereiro de 2014 às, 12h43.

Última atualização em 24 de fevereiro de 2017 às, 08h37.

Bancos são polarizadores de opiniões. Algumas pessoas (especialmente os mais velhos) parecem gostar tanto de bancos que vão às agências todos os dias, uma espécie de ritual desnecessário, em vista do arsenal tecnológico que os bancos nos oferecem para fazermos nossas operações à distância. Outros odeiam os bancos visceralmente e os consideram a raiz de todos os males, entidades sem escrúpulos cuja única função é explorar pessoas inocentes e escravizá-las através de empréstimos e financiamentos com condições abusivas.

A parcela dos que odeiam bancos (mas, na prática, não “largam deles”) só aumenta. Os indivíduos atacam os bancos, chamando a atenção para os seus lucros sempre crescentes e a quantidade igualmente crescente de pessoas endividadas e passando por apuros financeiros. Definitivamente, a despeito de massivas campanhas publicitárias apelando para a emoção, a sustentabilidade e outros temas que “tocam” as pessoas, os bancos têm um sério problema de “relações públicas”. Eles são extremamente mal vistos. Isso não é novidade e não é só aqui no Brasil…

Antes de qualquer coisa, precisamos deixar algo muito claro: Bancos não são intrinsecamente bons ou maus. Bancos são empresas como outras quaisquer, que vendem seu produto (no caso, dinheiro emprestado e serviços financeiros) com a expectativa de obter lucro. Bancos não atuam no negócio de ajudar pessoas, prover assistência social ou educação financeira; eles atuam no negócio de “ganhar dinheiro”, como qualquer empresa.

Se mesmo entendendo isso você ainda odeia os bancos, saiba que a melhor forma de expressar seus sentimentos e tentar, de alguma forma, reagir, não é protestando nas ruas ou na internet.

A melhor forma de atacar os bancos é sendo financeiramente organizado. Bancos e outras instituições financeiras voltadas ao mercado de crédito têm outras fontes de receitas, como tarifas de manutenção de conta e anuidades de cartões, mas o “grosso” vem dos juros dos empréstimos e financiamentos. Se você conseguir organizar sua vida de forma a não precisar de empréstimos e financiamentos, pode apostar que os bancos já vão ficar bastante chateados com você (e vão torcer para que ninguém siga seu exemplo).

A indústria do crédito prospera, em grande parte, porque somos bagunceiros e indisciplinados. Gastamos mais do que podemos e não temos controle sobre nossas finanças – os bancos adoram isso.

Então, seja organizado e coloque-se em uma situação em que consiga viver sem precisar de dinheiro emprestado. É a melhor forma de “se vingar” do sistema financeiro.

Não proteste, organize-se.