Quer se dar bem com a mulherada? Leia isto!
Os leitores regulares deste respeitável blog de finanças pessoais já devem ter percebido que há um certo padrão cíclico nos artigos que são postados aqui. Às vezes, passamos por fases de assuntos mais áridos e “cabeludos”, muito mais de interesse de profissionais de finanças e de investidores hardcore do que do público geral. Outras vezes, damos mais ênfase a assuntos gerais, que tentam mostrar a influência e o impacto das […] Leia mais
Publicado em 28 de agosto de 2013 às, 10h56.
Última atualização em 24 de fevereiro de 2017 às, 08h52.
Os leitores regulares deste respeitável blog de finanças pessoais já devem ter percebido que há um certo padrão cíclico nos artigos que são postados aqui. Às vezes, passamos por fases de assuntos mais áridos e “cabeludos”, muito mais de interesse de profissionais de finanças e de investidores hardcore do que do público geral. Outras vezes, damos mais ênfase a assuntos gerais, que tentam mostrar a influência e o impacto das finanças pessoais e da educação financeira no dia a dia das pessoas.
Neste exato momento, estamos passando por uma dessas fases mais light (vocês não imaginam o que virá no futuro… a “lei da compensação” é implacável!).
O artigo anterior (Mulheres, vamos rachar a conta?) foi feito pensando no público feminino, para mostrar como a otimização (será???) de alguns comportamentos financeiros, baseada em evidências científicas, pode melhorar a performance e a qualidade dos relacionamentos amorosos.
Agora é a vez dos “meninos”. Que novidades a ciência tem a nos mostrar, sobre nosso relacionamento com o dinheiro, que podem impactar positivamente nossa vida amorosa?
Nós, homens, costumamos ter, em geral, uma visão muito (mas muuuuuuuito) cínica sobre como as mulheres nos enxergam e nos relacionam à nossa própria situação financeira. Alguns exageram no cinismo e falam abertamente por aí que mulheres só querem saber de dinheiro, entre outros comentários “desairosos”.
Essa crença nos leva à resignação ou, pior, a gastar dinheiro de forma inconsequente (e mesmo a gastar aquilo que NÃO temos) na expectativa de impressionar o sexo oposto. Porém, uma pesquisa da Universidade de Michigan nos traz uma perspectiva diferente. A pesquisa, chamada “A Penny Saved is a Partner Earned: The Romantic Appeal of Savers” (tradução livre: “Um centavo que se poupa é um parceiro amoroso que se ganha: A atratividade romântica dos poupadores”) foi desenvolvida e publicada em junho deste ano por Scott Rick e Jenny G. Olson, respectivamente professor assistente e candidata a doutorado da Ross School of Business da Universidade de Michigan.
Nela, os pesquisadores pediram a voluntários para avaliar perfis de potenciais parceiros, atribuindo uma nota no quesito “atratividade”. O que os pesquisadores acabaram descobrindo é que aqueles que se definiam como “poupadores” acabaram tendo notas mais altas em atratividade que os “gastadores”.
Agora é o momento de fazer uma observação importante: O estudo foi feito com voluntários e perfis dos dois sexos, com resultados semelhantes. Mas ele acaba tendo um significado especial para os homens, pois é altamente enraizado no “senso comum masculino” que uma postura mais relaxada com o dinheiro (“mão aberta”) e o consumo conspícuo/exibicionista são fatores importantes de atratividade. A pesquisa diz que, bem, nem tanto…
Os pesquisadores acreditam que essa diferença nas notas se deve ao fato de que poupadores são, em princípio, pessoas que têm mais autocontrole que os gastadores. O autocontrole é, então, o que faz as pessoas serem mais atrativas. Pessoas autocontroladas transmitem mais segurança e tendem a ser fisicamente mais atraentes, pois cuidam melhor de si mesmas (achei essa conclusão dos pesquisadores um pouco “forçada”, mas até que pode fazer sentido…).
E, por fim, uma segunda observação importante, desta vez relacionada ao horizonte de tempo das pessoas. Segundo a pesquisa, a propensão a ser gastador ou poupador não é relevante quando as pessoas estão considerando relacionamentos de curto prazo, mas para prazos maiores faz toda diferença.
Então, para não perder o costume, vamos colocar isso em termos que os leitores mais entusiastas de finanças e investimentos estão habituados: Se sua estratégia para os relacionamentos é day trading, a forma como você cuida do seu dinheiro não vai fazer muita diferença no resultado. Mas se você está com uma visão mais buy & hold, um pouquinho de educação financeira pode fazer milagres por seu sex appeal!