Quando vale a pena ser cínico…
Você já assinou minha newsletter? Fique por dentro de meus artigos, vídeos e outras publicações. Cadastre-se clicando aqui. Neste mês, saiu uma reportagem na revista Scientific American que me saltou aos olhos. O título era “Cynicism May Cost You”, e fazia menção a duas pesquisas diferentes, uma de 2009 e outra de 2015, que trazem evidências de que o cinismo e a desconfiança têm um custo financeiro para as pessoas. Como estamos […] Leia mais
Da Redação
Publicado em 21 de janeiro de 2016 às 08h57.
Última atualização em 24 de fevereiro de 2017 às 07h47.
Você já assinou minha newsletter? Fique por dentro de meus artigos, vídeos e outras publicações. Cadastre-se clicando aqui .
Neste mês, saiu uma reportagem na revista Scientific American que me saltou aos olhos. O título era “ Cynicism May Cost You ”, e fazia menção a duas pesquisas diferentes, uma de 2009 e outra de 2015, que trazem evidências de que o cinismo e a desconfiança têm um custo financeiro para as pessoas.
Como estamos passando por um momento econômico particularmente desafiador, com desemprego, queda de atividade e outras coisas legais (olha o cinismo aí…), é meu dever profissional procurar qualquer coisa, seja um investimento, uma atividade ou mesmo alguma atitude que ajude as pessoas a terem alguma vantagem financeira (obviamente respeitando os limites éticos – e aqui sem cinismo).
A matéria me chamou a atenção, pois, afinal de contas, se as pessoas estão perdendo (ou deixando de ganhar) dinheiro por serem cínicas e desconfiadas, devo chamar a atenção para isso.
Na pesquisa de 2009, foi demonstrado que, num jogo em que as pessoas emprestavam dinheiro para desconhecidos (que seria pago com juros), muitos acabaram superestimando o potencial de “calote”, o que reduzia os ganhos de forma significativa. As pessoas deixavam de ganhar dinheiro por serem desconfiadas (até aí, eu também faria o mesmo…).
Na pesquisa de 2015 (que não tem relação com a anterior, exceto pelo “tema”), os pesquisadores conseguiram estabelecer uma correlação negativa entre os graus de cinismo e desconfiança com a renda: pessoas cínicas têm renda menor, e os pesquisadores sugerem que isso pode se dever ao fato de que pessoas cínicas “cooperam menos”.
Porém, aí vem a pegadinha… A pesquisa de 2015, que foi feita em vários países, demonstrou que, nos países com altas taxas de homicídios e baixa participação em ações de voluntariado, o cinismo não se correlaciona com a renda.
Ou seja, pelo visto, aqui no Brasil (um dos países onde mais se mata, entre outras “qualidades”…), ser cínico não vai deixar ninguém pobre… (alguma surpresa?)
Quem anda meio desconfiado pode continuar assim… aliás, DEVE continuar assim.
P.S.: Eu tinha deixado este tema para escrever num outro momento, mas acabei optando por desenvolvê-lo agora, pois, no dia em que eu escrevo este texto, um dos assuntos mais falados na mídia é sobre uma certa figurinha de alta saliência e exposição pública, que se declarou “a viva alma mais honesta do país” (o timing perfeito).
O cinismo é ou não é a “estratégia dominante” por aqui? :))))
Quer receber atualizações desde blog e outros conteúdos por email? Assine minha newsletter clicando aqui.
Você já assinou minha newsletter? Fique por dentro de meus artigos, vídeos e outras publicações. Cadastre-se clicando aqui .
Neste mês, saiu uma reportagem na revista Scientific American que me saltou aos olhos. O título era “ Cynicism May Cost You ”, e fazia menção a duas pesquisas diferentes, uma de 2009 e outra de 2015, que trazem evidências de que o cinismo e a desconfiança têm um custo financeiro para as pessoas.
Como estamos passando por um momento econômico particularmente desafiador, com desemprego, queda de atividade e outras coisas legais (olha o cinismo aí…), é meu dever profissional procurar qualquer coisa, seja um investimento, uma atividade ou mesmo alguma atitude que ajude as pessoas a terem alguma vantagem financeira (obviamente respeitando os limites éticos – e aqui sem cinismo).
A matéria me chamou a atenção, pois, afinal de contas, se as pessoas estão perdendo (ou deixando de ganhar) dinheiro por serem cínicas e desconfiadas, devo chamar a atenção para isso.
Na pesquisa de 2009, foi demonstrado que, num jogo em que as pessoas emprestavam dinheiro para desconhecidos (que seria pago com juros), muitos acabaram superestimando o potencial de “calote”, o que reduzia os ganhos de forma significativa. As pessoas deixavam de ganhar dinheiro por serem desconfiadas (até aí, eu também faria o mesmo…).
Na pesquisa de 2015 (que não tem relação com a anterior, exceto pelo “tema”), os pesquisadores conseguiram estabelecer uma correlação negativa entre os graus de cinismo e desconfiança com a renda: pessoas cínicas têm renda menor, e os pesquisadores sugerem que isso pode se dever ao fato de que pessoas cínicas “cooperam menos”.
Porém, aí vem a pegadinha… A pesquisa de 2015, que foi feita em vários países, demonstrou que, nos países com altas taxas de homicídios e baixa participação em ações de voluntariado, o cinismo não se correlaciona com a renda.
Ou seja, pelo visto, aqui no Brasil (um dos países onde mais se mata, entre outras “qualidades”…), ser cínico não vai deixar ninguém pobre… (alguma surpresa?)
Quem anda meio desconfiado pode continuar assim… aliás, DEVE continuar assim.
P.S.: Eu tinha deixado este tema para escrever num outro momento, mas acabei optando por desenvolvê-lo agora, pois, no dia em que eu escrevo este texto, um dos assuntos mais falados na mídia é sobre uma certa figurinha de alta saliência e exposição pública, que se declarou “a viva alma mais honesta do país” (o timing perfeito).
O cinismo é ou não é a “estratégia dominante” por aqui? :))))
Quer receber atualizações desde blog e outros conteúdos por email? Assine minha newsletter clicando aqui.