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Frugalidade – A melhor forma de vingança

Na semana passada, tivemos mais uma edição da versão brasileira da “Black Friday” americana, aquele evento comercial apoteótico, que marca o início do período que vai até o Natal, em que o comércio “tira a barriga da miséria”. A Black Friday brasileira foi, mais uma vez, motivo de chacota, tanto aqui quanto no exterior. Aqui não faltaram apelidos jocosos como “black fraude” e iniciativas diversas, tanto da mídia quanto independentes, […] Leia mais

DR

Da Redação

Publicado em 2 de dezembro de 2013 às 11h50.

Última atualização em 24 de fevereiro de 2017 às 08h42.

Na semana passada, tivemos mais uma edição da versão brasileira da “Black Friday” americana, aquele evento comercial apoteótico, que marca o início do período que vai até o Natal, em que o comércio “tira a barriga da miséria”.

A Black Friday brasileira foi, mais uma vez, motivo de chacota, tanto aqui quanto no exterior. Aqui não faltaram apelidos jocosos como “black fraude” e iniciativas diversas, tanto da mídia quanto independentes, para tentar “monitorar” comportamentos suspeitos e promoções falsas dos comerciantes que participavam da promoção.

Lá fora, a Black Friday tupiniquim também chamou a atenção. A matéria que teve maior repercussão aqui foi a da revista Forbes, com o título “ In U.S., Black Friday About Deals; In Brazil, Black Friday About Fraud ” (Nos EUA, a Black Friday representa negócios; no Brasil, a Black Friday representa fraude).

O autor da reportagem foi particularmente duro e incisivo com a passividade bovina do consumidor brasileiro típico, ao dizer que, diferentemente dos americanos, que conhecem seus direitos de consumidor e até abusam deles, nós brasileiros, “se somos atropelados, aguentamos firme e sorrimos” (e, aqui entre nós, é a pura verdade).

Nós toleramos “black fraude”, assim como toleramos péssimos serviços, produtos com preços “n” vezes mais caros que os praticados fora do país, taxas de juros indecentes, impostos que não geram nenhum retorno e por aí vai. Nós reclamamos, resmungamos… Mas não vamos muito além disso. No fundo, já aceitamos a regra do jogo. Nós estamos sendo diariamente atropelados há anos, e nossa reação é resmungar, aguentar firme e sorrir…

Um corpo em movimento tende a permanecer em movimento e, se nada for feito, as coisas não vão mudar espontaneamente. Está mais do que na hora de o consumidor brasileiro reagir. Aliás, reagir não, se VINGAR.

Nos EUA (ironicamente, os criadores da Black Friday), um tema que está se tornando “da moda” no universo das finanças pessoais é a frugalidade. Viver de forma mais simples, tentar fazer mais com menos e ser um consumidor mais consciente.

O consumidor consciente e frugal é o pesadelo do empresário inescrupuloso, do banqueiro oportunista e do político que quer manter a economia aquecida artificialmente. Quer se vingar deles? Então seja frugal. SIMPLIFIQUE A SUA VIDA E CONSUMA MENOS.

Quer se vingar do empresário que pratica preços abusivos, mas convenientemente choraminga pelos cantos, colocando a culpa de tudo nos impostos e no “custo Brasil”? Que tal parar de alimentar esse ciclo com seu dinheiro ou, pior, com seu crédito?

Então SIMPLIFIQUE A SUA VIDA E CONSUMA MENOS.

Quer se vingar do político corrupto que faz bandalheiras com o dinheiro público? Que tal ir direto na fonte? Se consumirmos mais, a arrecadação é maior e tem mais dinheiro para roubar. Uhmmm…

Então SIMPLIFIQUE A SUA VIDA E CONSUMA MENOS.

Quer se vingar dos bancos e das instituições financeiras que praticam taxas altíssimas? Existem muitos motivos para as taxas serem tão altas, mas um desses motivos é que, simplesmente, as pessoas topam pagar… O que aconteceria se, de um dia para o outro, todas as pessoas resolvessem só gastar aquilo que elas realmente têm? Provavelmente, algo teria que mudar.

Então SIMPLIFIQUE A SUA VIDA E CONSUMA MENOS.

Tudo indica que 2014 será um ano bastante movimentado. Teremos Copa do Mundo, eleições… Nossa economia vem emitindo sinais estranhos, mas ao mesmo tempo teremos muitas “distrações” ao longo do ano que vem. É preciso ficar de olho e, mais que isso, é preciso uma mudança de atitude.

Aliás, esse tema da “frugalidade” provavelmente será bastante explorado aqui no “Você e o Dinheiro” neste próximo ano. É hora de simplificar a vida… E consumir menos!

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Na semana passada, tivemos mais uma edição da versão brasileira da “Black Friday” americana, aquele evento comercial apoteótico, que marca o início do período que vai até o Natal, em que o comércio “tira a barriga da miséria”.

A Black Friday brasileira foi, mais uma vez, motivo de chacota, tanto aqui quanto no exterior. Aqui não faltaram apelidos jocosos como “black fraude” e iniciativas diversas, tanto da mídia quanto independentes, para tentar “monitorar” comportamentos suspeitos e promoções falsas dos comerciantes que participavam da promoção.

Lá fora, a Black Friday tupiniquim também chamou a atenção. A matéria que teve maior repercussão aqui foi a da revista Forbes, com o título “ In U.S., Black Friday About Deals; In Brazil, Black Friday About Fraud ” (Nos EUA, a Black Friday representa negócios; no Brasil, a Black Friday representa fraude).

O autor da reportagem foi particularmente duro e incisivo com a passividade bovina do consumidor brasileiro típico, ao dizer que, diferentemente dos americanos, que conhecem seus direitos de consumidor e até abusam deles, nós brasileiros, “se somos atropelados, aguentamos firme e sorrimos” (e, aqui entre nós, é a pura verdade).

Nós toleramos “black fraude”, assim como toleramos péssimos serviços, produtos com preços “n” vezes mais caros que os praticados fora do país, taxas de juros indecentes, impostos que não geram nenhum retorno e por aí vai. Nós reclamamos, resmungamos… Mas não vamos muito além disso. No fundo, já aceitamos a regra do jogo. Nós estamos sendo diariamente atropelados há anos, e nossa reação é resmungar, aguentar firme e sorrir…

Um corpo em movimento tende a permanecer em movimento e, se nada for feito, as coisas não vão mudar espontaneamente. Está mais do que na hora de o consumidor brasileiro reagir. Aliás, reagir não, se VINGAR.

Nos EUA (ironicamente, os criadores da Black Friday), um tema que está se tornando “da moda” no universo das finanças pessoais é a frugalidade. Viver de forma mais simples, tentar fazer mais com menos e ser um consumidor mais consciente.

O consumidor consciente e frugal é o pesadelo do empresário inescrupuloso, do banqueiro oportunista e do político que quer manter a economia aquecida artificialmente. Quer se vingar deles? Então seja frugal. SIMPLIFIQUE A SUA VIDA E CONSUMA MENOS.

Quer se vingar do empresário que pratica preços abusivos, mas convenientemente choraminga pelos cantos, colocando a culpa de tudo nos impostos e no “custo Brasil”? Que tal parar de alimentar esse ciclo com seu dinheiro ou, pior, com seu crédito?

Então SIMPLIFIQUE A SUA VIDA E CONSUMA MENOS.

Quer se vingar do político corrupto que faz bandalheiras com o dinheiro público? Que tal ir direto na fonte? Se consumirmos mais, a arrecadação é maior e tem mais dinheiro para roubar. Uhmmm…

Então SIMPLIFIQUE A SUA VIDA E CONSUMA MENOS.

Quer se vingar dos bancos e das instituições financeiras que praticam taxas altíssimas? Existem muitos motivos para as taxas serem tão altas, mas um desses motivos é que, simplesmente, as pessoas topam pagar… O que aconteceria se, de um dia para o outro, todas as pessoas resolvessem só gastar aquilo que elas realmente têm? Provavelmente, algo teria que mudar.

Então SIMPLIFIQUE A SUA VIDA E CONSUMA MENOS.

Tudo indica que 2014 será um ano bastante movimentado. Teremos Copa do Mundo, eleições… Nossa economia vem emitindo sinais estranhos, mas ao mesmo tempo teremos muitas “distrações” ao longo do ano que vem. É preciso ficar de olho e, mais que isso, é preciso uma mudança de atitude.

Aliás, esse tema da “frugalidade” provavelmente será bastante explorado aqui no “Você e o Dinheiro” neste próximo ano. É hora de simplificar a vida… E consumir menos!

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