Cash is king
Você já assinou minha newsletter? Fique por dentro de meus artigos, vídeos e outras publicações. Cadastre-se clicando aqui. Nesses últimos dias, eu venho refletindo bastante sobre a crise. Aliás, estou “quase” chegando à conclusão de que não estamos em crise nenhuma, mas vou deixar para desenvolver essa tese em um artigo futuro… Mas, voltando à crise, é sempre importante lembrar que crises não afetam todo mundo por igual. Algumas pessoas perdem mais, […] Leia mais
Da Redação
Publicado em 5 de novembro de 2015 às 07h28.
Última atualização em 24 de fevereiro de 2017 às 07h51.
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Nesses últimos dias, eu venho refletindo bastante sobre a crise. Aliás, estou “quase” chegando à conclusão de que não estamos em crise nenhuma, mas vou deixar para desenvolver essa tese em um artigo futuro…
Mas, voltando à crise, é sempre importante lembrar que crises não afetam todo mundo por igual. Algumas pessoas perdem mais, outras perdem menos e algumas chegam, inclusive, a prosperar na crise (as “antifrágeis”, fazendo referência a Nassim Taleb, um dos autores favoritos da turma do mercado financeiro – eu incluso).
Nas crises, surgem oportunidades. Onde existem problemas, existem oportunidades – e o que não falta agora são problemas…
Cash is king é uma expressão em Inglês que significa, literalmente, “o dinheiro é o rei”. Mas pode ser traduzida, mais livremente, como “o que vale é ter dinheiro na mão”. E estamos chegando a um momento em que aqueles que estão com dinheiro na mão (ou, no jargão das finanças, estão “líquidos”) vão fazer a festa.
Dois eventos recentes me chamaram a atenção e me motivaram a escrever este artigo. Um deles foi a leitura de uma reportagem que saiu na Veja Rio (e que li na web, de forma completamente aleatória, uma vez que sou de São Paulo) chamada “ Mercado imobiliário enfrenta sua pior crise em décadas ”.
A reportagem fala, previsivelmente, do colapso do mercado imobiliário (aliás, hora de revisitar o meu “ Blues da Bolha Imobiliária ”, clique aqui para ler), mas conta histórias interessantes de pessoas que estão com dinheiro na mão ( cash is king, my friend …) e já estão começando a se aproveitar de grandes oportunidades, como a dentista que conseguiu um generoso desconto (que chegou a quase trezentos mil reais) e alguns “brindes”, como a instalação de armários de cozinha, entre outras coisas.
O outro evento foi uma série de palestras que fiz para o segmento do agronegócio. Ouvi histórias interessantes de produtores que mantiveram suas finanças em ordem na época de “vacas gordas” (trocadilho não intencional) e, agora, com o mercado piorando, estão adquirindo, a preço de banana, terras e outros ativos de produtores que estão sufocados por dívidas (ou, pior, de um monte de aventureiros que resolveram entrar no agronegócio porque “foram na onda” do governo e outros agentes, que estavam vendendo essa ideia – falsa – de crescimento econômico explosivo do Brasil).
Estamos vendo (e parece que vamos ver cada vez mais) uma série de “desgraças” acontecendo, como desemprego e empresas tendo que fazer promoções e reduções de preços para conseguirem sobreviver. Ao contrário do que foi dito na matéria da Veja Rio, as pessoas não estão deixando de comprar imóveis por medo das incertezas econômicas e políticas. Certamente, essas incertezas têm um peso, mas o principal ponto é o fato de que as pessoas estão, pura e simplesmente, sem grana (e sem crédito…).
Vai haver dor, vai haver lágrimas e talvez até haja algum sangue, mas algumas pessoas (infelizmente uma minoria) viverão aquela que poderá ser a melhor fase econômica de suas vidas. São aquelas pessoas que mantiveram as contas em ordem durante o período de aquecimento econômico, não se meteram em dívidas e que, espera-se, vão conseguir manter suas fontes de renda durante esta atual fase mais “tenebrosa”.
Essas pessoas terão acesso a oportunidades raras e estarão numa posição incrivelmente vantajosa quando esse período ruim passar e a economia voltar a crescer (pode demorar para acontecer, mas não devemos esquecer que a economia é cíclica).
Grandes fortunas e grandes negócios irão nascer durante esse período de crise. Quem viver, verá (e, quem sabe, prosperará).
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Nesses últimos dias, eu venho refletindo bastante sobre a crise. Aliás, estou “quase” chegando à conclusão de que não estamos em crise nenhuma, mas vou deixar para desenvolver essa tese em um artigo futuro…
Mas, voltando à crise, é sempre importante lembrar que crises não afetam todo mundo por igual. Algumas pessoas perdem mais, outras perdem menos e algumas chegam, inclusive, a prosperar na crise (as “antifrágeis”, fazendo referência a Nassim Taleb, um dos autores favoritos da turma do mercado financeiro – eu incluso).
Nas crises, surgem oportunidades. Onde existem problemas, existem oportunidades – e o que não falta agora são problemas…
Cash is king é uma expressão em Inglês que significa, literalmente, “o dinheiro é o rei”. Mas pode ser traduzida, mais livremente, como “o que vale é ter dinheiro na mão”. E estamos chegando a um momento em que aqueles que estão com dinheiro na mão (ou, no jargão das finanças, estão “líquidos”) vão fazer a festa.
Dois eventos recentes me chamaram a atenção e me motivaram a escrever este artigo. Um deles foi a leitura de uma reportagem que saiu na Veja Rio (e que li na web, de forma completamente aleatória, uma vez que sou de São Paulo) chamada “ Mercado imobiliário enfrenta sua pior crise em décadas ”.
A reportagem fala, previsivelmente, do colapso do mercado imobiliário (aliás, hora de revisitar o meu “ Blues da Bolha Imobiliária ”, clique aqui para ler), mas conta histórias interessantes de pessoas que estão com dinheiro na mão ( cash is king, my friend …) e já estão começando a se aproveitar de grandes oportunidades, como a dentista que conseguiu um generoso desconto (que chegou a quase trezentos mil reais) e alguns “brindes”, como a instalação de armários de cozinha, entre outras coisas.
O outro evento foi uma série de palestras que fiz para o segmento do agronegócio. Ouvi histórias interessantes de produtores que mantiveram suas finanças em ordem na época de “vacas gordas” (trocadilho não intencional) e, agora, com o mercado piorando, estão adquirindo, a preço de banana, terras e outros ativos de produtores que estão sufocados por dívidas (ou, pior, de um monte de aventureiros que resolveram entrar no agronegócio porque “foram na onda” do governo e outros agentes, que estavam vendendo essa ideia – falsa – de crescimento econômico explosivo do Brasil).
Estamos vendo (e parece que vamos ver cada vez mais) uma série de “desgraças” acontecendo, como desemprego e empresas tendo que fazer promoções e reduções de preços para conseguirem sobreviver. Ao contrário do que foi dito na matéria da Veja Rio, as pessoas não estão deixando de comprar imóveis por medo das incertezas econômicas e políticas. Certamente, essas incertezas têm um peso, mas o principal ponto é o fato de que as pessoas estão, pura e simplesmente, sem grana (e sem crédito…).
Vai haver dor, vai haver lágrimas e talvez até haja algum sangue, mas algumas pessoas (infelizmente uma minoria) viverão aquela que poderá ser a melhor fase econômica de suas vidas. São aquelas pessoas que mantiveram as contas em ordem durante o período de aquecimento econômico, não se meteram em dívidas e que, espera-se, vão conseguir manter suas fontes de renda durante esta atual fase mais “tenebrosa”.
Essas pessoas terão acesso a oportunidades raras e estarão numa posição incrivelmente vantajosa quando esse período ruim passar e a economia voltar a crescer (pode demorar para acontecer, mas não devemos esquecer que a economia é cíclica).
Grandes fortunas e grandes negócios irão nascer durante esse período de crise. Quem viver, verá (e, quem sabe, prosperará).
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