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“Black Fraude”? Não é só aqui…

Esta semana, teremos a quinta edição da “Black Friday” brasileira, mais uma daquelas coisas meio sem sentido que gostamos de copiar dos americanos. Nos EUA, a Black Friday é a primeira sexta feira após o dia de ação de graças, e marca o início da temporada de compras que vai até o Natal. A despeito das gozações e do nada louvável apelido de “black fraude”, parece que a Black Friday […] Leia mais

DR

Da Redação

Publicado em 27 de novembro de 2014 às 11h41.

Última atualização em 24 de fevereiro de 2017 às 08h12.

Esta semana, teremos a quinta edição da “Black Friday” brasileira, mais uma daquelas coisas meio sem sentido que gostamos de copiar dos americanos. Nos EUA, a Black Friday é a primeira sexta feira após o dia de ação de graças, e marca o início da temporada de compras que vai até o Natal.

A despeito das gozações e do nada louvável apelido de “black fraude”, parece que a Black Friday brasileira vai bem, obrigado… E tem outra coisa que me chama a atenção: Nós, brasileiros, que adoramos imitar aquilo que os americanos fazem, copiamos a Black Friday, mas a comemoração de Ação de Graças, que precede a Black Friday original, nunca foi muito popular por aqui. Por que será que nós não importamos essa tradição americana também? Fica parecendo que nós, brasileiros, não temos do que ser gratos (sei lá, deve ter alguma coisa a ver com nossos políticos…).

Mas, enfim, o que me motivou a escrever este post no “Você e o Dinheiro” foi uma reportagem que acabei de ler na seção de finanças do site da CNN, chamada “ Why Black Friday deals aren’t really deals ” (Em tradução livre “Por que as ofertas da Black Friday não são verdadeiramente ofertas”, link para a matéria original aqui ), que mostra que, nos EUA, as coisas não são tão “imaculadas” quanto gostamos de acreditar.

A reportagem menciona um estudo que analisou vinte e sete anúncios de ofertas de Black Friday, e concluiu que, na maioria, havia pelo menos uma oferta exatamente igual à do ano anterior (com o mesmo produto, inclusive). O estudo também mostrou que muitas das ofertas de Black Friday apenas repetem as condições de outras ofertas feitas em diferentes épocas do ano, de forma menos espalhafatosa. Ou seja, é a legítima maquiagem de preços “made in USA”.

Mas algo que realmente me chamou a atenção é a menção a duas grandes redes varejistas americanas (uma delas, inclusive, está presente no Brasil), que oferecem produtos feitos especialmente para a Black Friday (particularmente eletrônicos), que apresentam boas condições de preço, mas são de qualidade inferior (pois é, nada de “almoço grátis”…).

Outra reportagem, também no site da CNN, mostra que alguns consumidores estão dizendo “não” à Black Friday nos EUA (veja clicando no link aqui ). Muitos consumidores estão se organizando através de petições online e páginas no Facebook (uma delas com mais de cem mil curtidas) para boicotar as compras na Black Friday, alguns alegando (e isso talvez faça sentido…) que um dia dedicado ao consumo desenfreado corrompe o caráter espiritual e reflexivo do Dia de Ação de Graças (mas peraí! No Natal não é EXATAMENTE a mesma situação?).

Enfim, não sei se essas notícias dos EUA são boas ou não. Mas talvez a gente possa se sentir um pouco melhor sabendo que não somos só nós, brasileiros, que sofremos abusos e caímos em armadilhas, muitas vezes criadas por nós mesmos.

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Esta semana, teremos a quinta edição da “Black Friday” brasileira, mais uma daquelas coisas meio sem sentido que gostamos de copiar dos americanos. Nos EUA, a Black Friday é a primeira sexta feira após o dia de ação de graças, e marca o início da temporada de compras que vai até o Natal.

A despeito das gozações e do nada louvável apelido de “black fraude”, parece que a Black Friday brasileira vai bem, obrigado… E tem outra coisa que me chama a atenção: Nós, brasileiros, que adoramos imitar aquilo que os americanos fazem, copiamos a Black Friday, mas a comemoração de Ação de Graças, que precede a Black Friday original, nunca foi muito popular por aqui. Por que será que nós não importamos essa tradição americana também? Fica parecendo que nós, brasileiros, não temos do que ser gratos (sei lá, deve ter alguma coisa a ver com nossos políticos…).

Mas, enfim, o que me motivou a escrever este post no “Você e o Dinheiro” foi uma reportagem que acabei de ler na seção de finanças do site da CNN, chamada “ Why Black Friday deals aren’t really deals ” (Em tradução livre “Por que as ofertas da Black Friday não são verdadeiramente ofertas”, link para a matéria original aqui ), que mostra que, nos EUA, as coisas não são tão “imaculadas” quanto gostamos de acreditar.

A reportagem menciona um estudo que analisou vinte e sete anúncios de ofertas de Black Friday, e concluiu que, na maioria, havia pelo menos uma oferta exatamente igual à do ano anterior (com o mesmo produto, inclusive). O estudo também mostrou que muitas das ofertas de Black Friday apenas repetem as condições de outras ofertas feitas em diferentes épocas do ano, de forma menos espalhafatosa. Ou seja, é a legítima maquiagem de preços “made in USA”.

Mas algo que realmente me chamou a atenção é a menção a duas grandes redes varejistas americanas (uma delas, inclusive, está presente no Brasil), que oferecem produtos feitos especialmente para a Black Friday (particularmente eletrônicos), que apresentam boas condições de preço, mas são de qualidade inferior (pois é, nada de “almoço grátis”…).

Outra reportagem, também no site da CNN, mostra que alguns consumidores estão dizendo “não” à Black Friday nos EUA (veja clicando no link aqui ). Muitos consumidores estão se organizando através de petições online e páginas no Facebook (uma delas com mais de cem mil curtidas) para boicotar as compras na Black Friday, alguns alegando (e isso talvez faça sentido…) que um dia dedicado ao consumo desenfreado corrompe o caráter espiritual e reflexivo do Dia de Ação de Graças (mas peraí! No Natal não é EXATAMENTE a mesma situação?).

Enfim, não sei se essas notícias dos EUA são boas ou não. Mas talvez a gente possa se sentir um pouco melhor sabendo que não somos só nós, brasileiros, que sofremos abusos e caímos em armadilhas, muitas vezes criadas por nós mesmos.

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