Um passo de cada vez
Recentemente, em um hangout da Robert Half (bate-papo ao vivo pelo youtube), um internauta disse que estava insatisfeito pois havia sido promovido abaixo de suas expectativas. Na época, foi-lhe dito que alcançando alguns quesitos, ele poderia no futuro receber um acréscimo no salário. Após um ano, ele disse ter cumprido todas as metas para receber o prometido ajuste salarial, o que não aconteceu. Talvez, isso já tenha acontecido com você ou você […] Leia mais
Publicado em 12 de fevereiro de 2016 às, 16h31.
Última atualização em 24 de fevereiro de 2017 às, 07h46.
Recentemente, em um hangout da Robert Half (bate-papo ao vivo pelo youtube), um internauta disse que estava insatisfeito pois havia sido promovido abaixo de suas expectativas. Na época, foi-lhe dito que alcançando alguns quesitos, ele poderia no futuro receber um acréscimo no salário. Após um ano, ele disse ter cumprido todas as metas para receber o prometido ajuste salarial, o que não aconteceu. Talvez, isso já tenha acontecido com você ou você conheça um ou mais colegas que passaram por situações semelhantes.
O desejo de crescer na carreira e ocupar postos cada vez mais altos é genuíno, porém costuma vir acompanhado de uma ansiedade que pode ser prejudicial. No caso do nosso internauta, não sabemos exatamente o que lhe foi prometido, por isso levo a discussão para uma esfera mais ampla. Via de regra, não é usual que empresas promovam um funcionário ou deem aumento salarial de ano em ano.
Após uma promoção, de cargo ou financeira, espera-se que haja um amadurecimento do profissional na posição ou que ele entregue projetos de nível superior para que, assim, possa galgar mais um degrau na carreira. Esse período pode variar de dois a três anos ou mesmo tornar-se mais alongado em tempos de vacas magras como os que estamos vivendo.
Na geração anterior, dos baby boomers, em que viveram muitos pais dos atuais profissionais em ascensão, era comum que um funcionário passasse 20, 30 anos dentro de uma empresa sem chegar a uma posição de gerência. Para a atual geração Y, essa é uma situação difícil de ser aceita. A grande maioria quer crescer – e rápido – na carreira. Só que não existe atalho.
Uma vez, na sala de entrevista, um candidato de 20 e poucos anos disse que não conseguia ficar muito tempo fazendo a mesma coisa, que precisava de constantes desafios e me traçou seu plano: era analista; perto dos 30, se tornaria um gerente; com 35, diretor; e aos 40 se tornaria presidente. Perguntei a ele: considerando que a expectativa de vida do brasileiro tem crescido e estamos trabalhando cada vez até mais tarde, o que você fará então dos 40 aos 70, por exemplo? Qual será seu desafio?
A vontade de crescer é sempre válida. Entretanto, é muito importante respeitarmos o tempo de cada etapa. Não estou falando em conformismo e estagnação. Uma carreira sólida e de sucesso se constrói com disciplina e paciência, dando um passo de cada vez.