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Sim, você pode ser um profissional medíocre. Mas saiba o que isso significa

Essa semana li uma reportagem (não tão recente) que falava sobre mediocridade. Nela, havia a citação de um livro de Joseph Heller (Ardil 22), em que o autor afirmava que ser medíocre é ruim e devemos evitar isso; e a de um estudo dos pesquisadores italianos Gloria Origgi e Diego Gambetta, que questionavam qual o problema de ser medíocre. Apesar de geralmente usarmos a palavra com mais conotação negativa do […] Leia mais

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Fernando Mantovani — Sua Carreira, Sua Gestão

Publicado em 23 de setembro de 2016 às, 16h55.

Última atualização em 24 de fevereiro de 2017 às, 07h28.

Essa semana li uma reportagem (não tão recente) que falava sobre mediocridade. Nela, havia a citação de um livro de Joseph Heller (Ardil 22), em que o autor afirmava que ser medíocre é ruim e devemos evitar isso; e a de um estudo dos pesquisadores italianos Gloria Origgi e Diego Gambetta, que questionavam qual o problema de ser medíocre.

Apesar de geralmente usarmos a palavra com mais conotação negativa do que ela realmente tem, não há problema nenhum em ser um profissional medíocre. Para quem não sabe, medíocre significa “de qualidade média, comum; mediano”. Ou seja, ser um profissional medíocre é ser um profissional dentro da média. Isso não quer dizer que você seja irrelevante ou sem valor.

O que deve ser observado é o ambiente em que está inserido. Entre profissionais de alta performance, é medíocre aquele que atinge a média de rendimento da equipe (que é alta). Se você está muito abaixo dessa média, aí, sim, deve se preocupar.

Vejo um problema quando o patamar estabelecido já é baixo. Há profissionais que se contentam em fazer o mínimo necessário para se manter no emprego. Quando estão há muito tempo na função, costumam dizer: “mas sempre foi feito assim” e acabam barrando as possibilidades de crescimento da área, por falta de vontade de sair da zona de conforto ou por simples falta de capacidade mesmo.

Esse perfil é perigoso, principalmente, quando está em posição de gestão, pois pode acabar minando a vontade de quem quer fazer mais e melhor. Nesse caso, a empresa precisa tomar uma atitude, pois ou esse profissional vai se contaminar e cair na mediocridade do ambiente ou vai deixar a organização em busca de um lugar em que possa ser melhor aproveitado.

Como citou Heller, em seu livro: “Alguns homens nascem medíocres, outros conquistam a mediocridade e alguns homens têm a mediocridade imposta a eles”. Com esse tipo de mediocridade é bom se preocupar.