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Reconhecimento vai além de salário

Os profissionais esperam e merecem da empresa valorização em diversas frentes, e não apenas na financeira

(SHUTTERSTOCK/Shutterstock)
AM

André Martins

Publicado em 21 de outubro de 2022 às 08h30.

Não é de hoje, e nem vem apenas da pandemia, a certeza de que o reconhecimento amplo e consistente por parte do empregador, conta muito no nível de engajamento e de satisfação do empregado. Por melhor que um salário seja, se o profissional não se sentir plenamente valorizado onde trabalha, é bem provável que surjam problemas de relacionamento, no desempenho e até mesmo um pedido de demissão, no pior dos casos.

Sobretudo nas gerações mais novas, está bem sedimentada a ideia de que depositamos boa parte do dia no trabalho, portanto, ele precisa ser gratificante. E não apenas financeiramente, mas também intelectualmente, socialmente, emocionalmente, entre outros aspectos. Um ambiente que propicia relações e experiências positivas – como boas interações, aprendizado, cuidados com a saúde, oportunidades de ascensão, etc – demonstra respeito e apreço pelos funcionários.

Uma enquete recentemente realizada pela Robert Half revelou que grande parte dos profissionais entrevistados não está satisfeita com o salário que recebe. Oferecer uma remuneração adequada é algo básico. E adequada quer dizer que ela precisa, no mínimo, ser compatível tanto com a média aplicada pelo mercado quanto com as responsabilidades envolvidas no cargo. Esse retrato obtido pela pesquisa, entretanto, suscita um questionamento mais profundo, que toda empresa deveria se fazer.

Diante de queixas salariais, é importante compreender se elas sinalizam um quadro maior de insatisfações, a exemplo do que acontece quando há febre e infecção. Não se cura o sintoma sem curar a doença. Excesso de pressão, sobrecarga de tarefas, falta de diálogo e pouca transparência são pontos críticos, entre tantos outros, que podem contribuir para a percepção de que a remuneração não compensa.

Oferecer um pacote de benefícios que promova a saúde, a segurança, o bem-estar e a qualidade de vida dos funcionários é tão relevante quanto um bom salário, como mostra o Guia Salarial 2023 da Robert Half. Segundo o estudo, entre os top 10 benefícios mais demandados pelos profissionais entrevistados, cinco deles fogem do tradicional. São eles: aportes na previdência privada, auxílio educação, auxílio financeiro para home office, folgas remuneradas e apoio psicológico.

Ainda conforme o Guia, 86% dos colaboradores afirmam que gostariam de escolher benefícios que fossem sintonizados às próprias necessidades. E de acordo com 77% dos profissionais entrevistados, seria interessante que alguns benefícios mudassem daqui para frente. Esses resultados destacam a urgência de as empresas ouvirem os colaboradores e alinharem os benefícios às expectativas dos times. Atitudes que valorizam os colaboradores

Ao lado do pacote de benefícios, uma estratégia de atração e de retenção de talentos deve envolver também uma cultura de valorização dos funcionários por meio de atitudes diárias. Ressalto, a seguir, alguns cuidados que devem fazer parte de um bom programa de reconhecimento:

Seja como for o programa de reconhecimento da empresa, maior ou menor, mais simples ou mais elaborado, o principal é que ele seja compreendido e adotado por todos. Para tanto, as regras e as expectativas devem ser claras e objetivas. A valorização, com um bom pacote de benefícios e um programa de reconhecimento, tende a ser uma via de mão dupla. Quem se sente valorizado, também valoriza o que tem.

Aqui, neste Blog , você encontra outros artigos sobre carreira, gestão e mercado de trabalho. Também é possível ter mais informações sobre os temas na Central do Conhecimento do site da Robert Half. Se você gosta de podcasts, não deixe de acompanhar o Robert Half Talks .

*por Fernando Mantovani, diretor-geral da Robert Half para a América do Sul e autor do livro Para quem está na chuva… e não quer se molhar

Não é de hoje, e nem vem apenas da pandemia, a certeza de que o reconhecimento amplo e consistente por parte do empregador, conta muito no nível de engajamento e de satisfação do empregado. Por melhor que um salário seja, se o profissional não se sentir plenamente valorizado onde trabalha, é bem provável que surjam problemas de relacionamento, no desempenho e até mesmo um pedido de demissão, no pior dos casos.

Sobretudo nas gerações mais novas, está bem sedimentada a ideia de que depositamos boa parte do dia no trabalho, portanto, ele precisa ser gratificante. E não apenas financeiramente, mas também intelectualmente, socialmente, emocionalmente, entre outros aspectos. Um ambiente que propicia relações e experiências positivas – como boas interações, aprendizado, cuidados com a saúde, oportunidades de ascensão, etc – demonstra respeito e apreço pelos funcionários.

Uma enquete recentemente realizada pela Robert Half revelou que grande parte dos profissionais entrevistados não está satisfeita com o salário que recebe. Oferecer uma remuneração adequada é algo básico. E adequada quer dizer que ela precisa, no mínimo, ser compatível tanto com a média aplicada pelo mercado quanto com as responsabilidades envolvidas no cargo. Esse retrato obtido pela pesquisa, entretanto, suscita um questionamento mais profundo, que toda empresa deveria se fazer.

Diante de queixas salariais, é importante compreender se elas sinalizam um quadro maior de insatisfações, a exemplo do que acontece quando há febre e infecção. Não se cura o sintoma sem curar a doença. Excesso de pressão, sobrecarga de tarefas, falta de diálogo e pouca transparência são pontos críticos, entre tantos outros, que podem contribuir para a percepção de que a remuneração não compensa.

Oferecer um pacote de benefícios que promova a saúde, a segurança, o bem-estar e a qualidade de vida dos funcionários é tão relevante quanto um bom salário, como mostra o Guia Salarial 2023 da Robert Half. Segundo o estudo, entre os top 10 benefícios mais demandados pelos profissionais entrevistados, cinco deles fogem do tradicional. São eles: aportes na previdência privada, auxílio educação, auxílio financeiro para home office, folgas remuneradas e apoio psicológico.

Ainda conforme o Guia, 86% dos colaboradores afirmam que gostariam de escolher benefícios que fossem sintonizados às próprias necessidades. E de acordo com 77% dos profissionais entrevistados, seria interessante que alguns benefícios mudassem daqui para frente. Esses resultados destacam a urgência de as empresas ouvirem os colaboradores e alinharem os benefícios às expectativas dos times. Atitudes que valorizam os colaboradores

Ao lado do pacote de benefícios, uma estratégia de atração e de retenção de talentos deve envolver também uma cultura de valorização dos funcionários por meio de atitudes diárias. Ressalto, a seguir, alguns cuidados que devem fazer parte de um bom programa de reconhecimento:

Seja como for o programa de reconhecimento da empresa, maior ou menor, mais simples ou mais elaborado, o principal é que ele seja compreendido e adotado por todos. Para tanto, as regras e as expectativas devem ser claras e objetivas. A valorização, com um bom pacote de benefícios e um programa de reconhecimento, tende a ser uma via de mão dupla. Quem se sente valorizado, também valoriza o que tem.

Aqui, neste Blog , você encontra outros artigos sobre carreira, gestão e mercado de trabalho. Também é possível ter mais informações sobre os temas na Central do Conhecimento do site da Robert Half. Se você gosta de podcasts, não deixe de acompanhar o Robert Half Talks .

*por Fernando Mantovani, diretor-geral da Robert Half para a América do Sul e autor do livro Para quem está na chuva… e não quer se molhar

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