Perdi meu braço direito e esquerdo
Turnover de gerência: como reter talentos e evitar desmotivação geral da equipe?
Da Redação
Publicado em 7 de abril de 2017 às 07h31.
Muitas empresas ainda consideram difícil encontrar mão de obra qualificada para compor seu quadro de funcionários. Segundo pesquisa da Robert Half com CFOs brasileiros, 55% dizem que têm muita dificuldade em encontrar o profissional certo, com os conhecimentos adequados à determinada vaga. E quando aquele gerente que é seu braço direito decide pedir demissão você começa a se perguntar: o que deu errado? Quem será o próximo a sair? O temor está começando a surgir.
A dificuldade em encontrar e manter pessoas talentosas tem sido um problema de muitas empresas. Além dos que se aposentam, outra ameaça que os empregadores estão enfrentando é a perda dos seus melhores e mais brilhantes funcionários para a concorrência. Salário e benefícios são importantes, mas nem sempre essas são as principais razões que levam um funcionário a ficar na companhia.
Se sentir valorizado, respeitado, ter orgulho da organização e autonomia na tomada de decisões são apenas alguns dos pontos destacados pelos colaboradores como fatores de engajamento e como motivos que os fariam permanecer em determinada empresa. De acordo com Nic Marks, um dos maiores especialistas em felicidade do mundo e CEO e fundador da Happiness Works, colaboradores felizes são mais leais. A redução da rotatividade significa retenção de conhecimento institucional
e menor gasto de tempo e dinheiro com contratação e treinamento. Segundo Marks, “por que alguém iria procurar um outro trabalho quando está satisfeito com o que tem?”.
Obviamente, um certo grau de volume de turnover é inevitável, mas com alguns poucos esforços as organizações poderão fazer uma grande diferença.
Retendo talentos
Atenção à contratação - O processo de recrutamento e seleção pode ser mal conduzido e deixar aspectos importantes do perfil necessário para a vaga em segundo plano; o treinamento do novo colaborador pode ser falho ou insuficiente; o clima do ambiente pode desmotivá-lo rapidamente; as atividades desempenhadas são diferentes do esperado ou o salário não ser tão atrativo. Enfim, são inúmeras as razões que podem levar a um alto índice de turnover nas empresas.
De olho nos diferenciais – Salário é importante, mas invista também em um bom ambiente de trabalho e em programas motivacionais. Estes micro momentos positivos são muito importantes e fazem a diferença. Acredite ou não, um bônus é bom, mas uma palavra de reconhecimento e um elogio sincero podem surtir ainda mais efeitos entre os colaboradores.
Re-recrute – Periodicamente faça uma análise de toda a sua equipe. Tenha conversas com seus subordinados diretos sobre sua ligação com a empresa. Será que eles ainda se sentem desafiados no cargo? O que eles mais gostam em seu trabalho? Será que sentem que suas habilidades estão sendo totalmente utilizadas?
Desenvolvimento e flexibilidade - Proporcione o desenvolvimento de carreira. Para muitas pessoas, aprender novas habilidades e desenvolver a carreira é tão importante quanto o salário. Além disso, forneça horários de trabalho flexíveis e adaptados às necessidades de cada um. No trabalho de hoje, deve haver regras de flexibilidade. A abordagem do tipo “regra geral” tem perdido de longe a sua eficácia. Os trabalhadores vão migrar para uma empresa cujo pacote de benefícios e horários possam ajudá-los a atender às demandas de suas vidas, já que o equilíbrio entre a vida profissional e pessoal tem sido cada vez mais valorizado.
Olhe para quem fica
Se a saída de um gestor for inevitável, fique ainda mais próximo da equipe e redobre esforços para engajar o grupo, já que a ausência da liderança direta impacta no comprometimento e na motivação de quem se mantém no emprego. Não perca as rédeas e não se arrisque a perder novos talentos.
Por Fernando Mantovani, diretor geral da Robert Half
Muitas empresas ainda consideram difícil encontrar mão de obra qualificada para compor seu quadro de funcionários. Segundo pesquisa da Robert Half com CFOs brasileiros, 55% dizem que têm muita dificuldade em encontrar o profissional certo, com os conhecimentos adequados à determinada vaga. E quando aquele gerente que é seu braço direito decide pedir demissão você começa a se perguntar: o que deu errado? Quem será o próximo a sair? O temor está começando a surgir.
A dificuldade em encontrar e manter pessoas talentosas tem sido um problema de muitas empresas. Além dos que se aposentam, outra ameaça que os empregadores estão enfrentando é a perda dos seus melhores e mais brilhantes funcionários para a concorrência. Salário e benefícios são importantes, mas nem sempre essas são as principais razões que levam um funcionário a ficar na companhia.
Se sentir valorizado, respeitado, ter orgulho da organização e autonomia na tomada de decisões são apenas alguns dos pontos destacados pelos colaboradores como fatores de engajamento e como motivos que os fariam permanecer em determinada empresa. De acordo com Nic Marks, um dos maiores especialistas em felicidade do mundo e CEO e fundador da Happiness Works, colaboradores felizes são mais leais. A redução da rotatividade significa retenção de conhecimento institucional
e menor gasto de tempo e dinheiro com contratação e treinamento. Segundo Marks, “por que alguém iria procurar um outro trabalho quando está satisfeito com o que tem?”.
Obviamente, um certo grau de volume de turnover é inevitável, mas com alguns poucos esforços as organizações poderão fazer uma grande diferença.
Retendo talentos
Atenção à contratação - O processo de recrutamento e seleção pode ser mal conduzido e deixar aspectos importantes do perfil necessário para a vaga em segundo plano; o treinamento do novo colaborador pode ser falho ou insuficiente; o clima do ambiente pode desmotivá-lo rapidamente; as atividades desempenhadas são diferentes do esperado ou o salário não ser tão atrativo. Enfim, são inúmeras as razões que podem levar a um alto índice de turnover nas empresas.
De olho nos diferenciais – Salário é importante, mas invista também em um bom ambiente de trabalho e em programas motivacionais. Estes micro momentos positivos são muito importantes e fazem a diferença. Acredite ou não, um bônus é bom, mas uma palavra de reconhecimento e um elogio sincero podem surtir ainda mais efeitos entre os colaboradores.
Re-recrute – Periodicamente faça uma análise de toda a sua equipe. Tenha conversas com seus subordinados diretos sobre sua ligação com a empresa. Será que eles ainda se sentem desafiados no cargo? O que eles mais gostam em seu trabalho? Será que sentem que suas habilidades estão sendo totalmente utilizadas?
Desenvolvimento e flexibilidade - Proporcione o desenvolvimento de carreira. Para muitas pessoas, aprender novas habilidades e desenvolver a carreira é tão importante quanto o salário. Além disso, forneça horários de trabalho flexíveis e adaptados às necessidades de cada um. No trabalho de hoje, deve haver regras de flexibilidade. A abordagem do tipo “regra geral” tem perdido de longe a sua eficácia. Os trabalhadores vão migrar para uma empresa cujo pacote de benefícios e horários possam ajudá-los a atender às demandas de suas vidas, já que o equilíbrio entre a vida profissional e pessoal tem sido cada vez mais valorizado.
Olhe para quem fica
Se a saída de um gestor for inevitável, fique ainda mais próximo da equipe e redobre esforços para engajar o grupo, já que a ausência da liderança direta impacta no comprometimento e na motivação de quem se mantém no emprego. Não perca as rédeas e não se arrisque a perder novos talentos.
Por Fernando Mantovani, diretor geral da Robert Half