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O desafio da equidade de gênero

O mês das mulheres é uma oportunidade para refletir e planejar as necessárias mudanças

Equidade de gênero: busca engrandece a empresa e seus trabalhadores (Klaus Vedfelt/Getty Images)

Publicado em 8 de março de 2024 às 08h00.

Poucas datas comemorativas me parecem tão complexas quanto o Dia Internacional da Mulher. Ao lado de inúmeras conquistas e avanços que merecem celebração, como a lei aprovada em 2023 sobre igualdade salarial, ainda há muito a ser feito e melhorado. O fato de a exaustão feminina ser um dos assuntos mais debatidos no momento indica que o desafio segue imenso.

Em fevereiro de 2023, a Robert Half realizou uma sondagem sobre a equidade de gênero nas empresas. Foram entrevistados 1.161 pessoas, igualmente divididos em recrutadores e profissionais qualificados. Na visão de 48% das organizações, houve avanços na agenda de Diversidade, Equidade e Inclusão (DEI) no último ano.

Dentro desse grupo, 30% das empresas acreditam que os avanços foram significativos. Por outro lado, 38% se viram estagnadas. De acordo com o estudo, o foco das políticas de DEI nas empresas têm sido distribuído da seguinte maneira: Mulheres (73%), LGBTQIA+ (68%), Pessoas pretas (62%), PCD (59%) e Pessoas 50+ (37%).

Esse aparente foco na agenda das mulheres foi reforçado pela última edição do Índice de Confiança Robert Half , lançada ontem, que mostrou um aumento de seis pontos percentuais no volume de companhias que afirmam contar com políticas claras para promover a equidade de gênero.

A equidade de gênero traz benefícios valiosos para as companhias . Entre elas, há o entendimento mútuo de que o principal envolve uma gestão mais humanizada. Reforço, por outro lado, que esse benefício resulta de vantagens da própria diversidade organizacional, não do estereótipo que associa a liderança das mulheres à benevolência e compaixão.

O caminho para melhorar a diversidade

Ampliar a diversidade requer tempo, dedicação e transparência . Compartilho, a seguir, perguntas cruciais que as empresas precisam fazer antes de qualquer iniciativa dirigida à formação de um quadro funcional mais diverso. As respostas ajudam a formular e executar as estratégias dedicadas a essa missão:

1- Qual é a demografia de nossa força de trabalho atual e quão bem sabemos disso?

2- Até que ponto entendemos o conceito de DEI e podemos (incluindo nossos funcionários) influenciá-lo de maneira positiva?

3- Oque estamos fazendo atualmente para promover a DEI e como está funcionando?

4- Qual é a nossa visão para o negócio daqui de cinco a dez anos?

5- Oque precisaremos mudar, ou fazer diferente, para concretizar esta visão com sucesso?

6- Quais são os conjuntos de habilidades com os quais podemos ser flexíveis e do que realmente precisamos?

7- Como isso nos permite trabalhar e combinar grupos mais sub-representados?

8- Como comunicaremos nossos planos ao público interno e externo?

9-Como mensurar se qualquer nova abordagem de DEI está funcionando?

10- Existem organizações com experiência que podem nos ajudar nessa jornada?

A busca por construir um ambiente igualitário em oportunidades e condições de trabalho engrandece a empresa e seus colaboradores. Antes mesmo de colher os resultados, o processo de pensar, discutir e implantar iniciativas aumenta o nível de maturidade da corporação. Ao final, o esforço certamente será recompensado com mais respeito, admiração e confiança entre todos.

Aqui, neste Blog , você encontra outros artigos sobre carreira, gestão e mercado de trabalho. Também é possível ter mais informações sobre os temas na Central do Conhecimento do site da Robert Half. Se você gosta de podcasts, não deixe de acompanhar o Robert Half Talks .

*por Fernando Mantovani, diretor-geral da Robert Half para a América do Sul e autor do livro Para quem está na chuva… e não quer se molha r

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Poucas datas comemorativas me parecem tão complexas quanto o Dia Internacional da Mulher. Ao lado de inúmeras conquistas e avanços que merecem celebração, como a lei aprovada em 2023 sobre igualdade salarial, ainda há muito a ser feito e melhorado. O fato de a exaustão feminina ser um dos assuntos mais debatidos no momento indica que o desafio segue imenso.

Em fevereiro de 2023, a Robert Half realizou uma sondagem sobre a equidade de gênero nas empresas. Foram entrevistados 1.161 pessoas, igualmente divididos em recrutadores e profissionais qualificados. Na visão de 48% das organizações, houve avanços na agenda de Diversidade, Equidade e Inclusão (DEI) no último ano.

Dentro desse grupo, 30% das empresas acreditam que os avanços foram significativos. Por outro lado, 38% se viram estagnadas. De acordo com o estudo, o foco das políticas de DEI nas empresas têm sido distribuído da seguinte maneira: Mulheres (73%), LGBTQIA+ (68%), Pessoas pretas (62%), PCD (59%) e Pessoas 50+ (37%).

Esse aparente foco na agenda das mulheres foi reforçado pela última edição do Índice de Confiança Robert Half , lançada ontem, que mostrou um aumento de seis pontos percentuais no volume de companhias que afirmam contar com políticas claras para promover a equidade de gênero.

A equidade de gênero traz benefícios valiosos para as companhias . Entre elas, há o entendimento mútuo de que o principal envolve uma gestão mais humanizada. Reforço, por outro lado, que esse benefício resulta de vantagens da própria diversidade organizacional, não do estereótipo que associa a liderança das mulheres à benevolência e compaixão.

O caminho para melhorar a diversidade

Ampliar a diversidade requer tempo, dedicação e transparência . Compartilho, a seguir, perguntas cruciais que as empresas precisam fazer antes de qualquer iniciativa dirigida à formação de um quadro funcional mais diverso. As respostas ajudam a formular e executar as estratégias dedicadas a essa missão:

1- Qual é a demografia de nossa força de trabalho atual e quão bem sabemos disso?

2- Até que ponto entendemos o conceito de DEI e podemos (incluindo nossos funcionários) influenciá-lo de maneira positiva?

3- Oque estamos fazendo atualmente para promover a DEI e como está funcionando?

4- Qual é a nossa visão para o negócio daqui de cinco a dez anos?

5- Oque precisaremos mudar, ou fazer diferente, para concretizar esta visão com sucesso?

6- Quais são os conjuntos de habilidades com os quais podemos ser flexíveis e do que realmente precisamos?

7- Como isso nos permite trabalhar e combinar grupos mais sub-representados?

8- Como comunicaremos nossos planos ao público interno e externo?

9-Como mensurar se qualquer nova abordagem de DEI está funcionando?

10- Existem organizações com experiência que podem nos ajudar nessa jornada?

A busca por construir um ambiente igualitário em oportunidades e condições de trabalho engrandece a empresa e seus colaboradores. Antes mesmo de colher os resultados, o processo de pensar, discutir e implantar iniciativas aumenta o nível de maturidade da corporação. Ao final, o esforço certamente será recompensado com mais respeito, admiração e confiança entre todos.

Aqui, neste Blog , você encontra outros artigos sobre carreira, gestão e mercado de trabalho. Também é possível ter mais informações sobre os temas na Central do Conhecimento do site da Robert Half. Se você gosta de podcasts, não deixe de acompanhar o Robert Half Talks .

*por Fernando Mantovani, diretor-geral da Robert Half para a América do Sul e autor do livro Para quem está na chuva… e não quer se molha r

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