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O cartão de visitas

*Por Jorge Martins Abordar o tema currículo pode parecer algo banal e supérfluo. No entanto, o documento nada mais é do que a porta de entrada ou o cartão de visita dos profissionais. O que para muitos é um pedaço de papel qualquer ou apenas um arquivo digital, na realidade é o que representa o candidato no mercado de trabalho e traduz a sua trajetória. É alarmante que apesar da […] Leia mais

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Fernando Mantovani — Sua Carreira, Sua Gestão

Publicado em 3 de agosto de 2012 às, 11h23.

Última atualização em 24 de fevereiro de 2017 às, 09h21.

*Por Jorge Martins

Abordar o tema currículo pode parecer algo banal e supérfluo. No entanto, o documento nada mais é do que a porta de entrada ou o cartão de visita dos profissionais.

O que para muitos é um pedaço de papel qualquer ou apenas um arquivo digital, na realidade é o que representa o candidato no mercado de trabalho e traduz a sua trajetória. É alarmante que apesar da importância do currículo ainda é notável a grande quantidade de falhas em sua elaboração, independente do nível do candidato.

É essencial que o profissional entenda o currículo como algo dinâmico e o mantenha sempre atualizado seja com relação aos dados pessoais (telefones para contato, e-mail, endereço) como às mudanças profissionais. Antes de se candidatar para uma oportunidade o profissional deve rever o currículo e analisar se os objetivos descritos estão, de fato, alinhados à vaga almejada.

Do ponto de vista da estruturação do conteúdo curricular, as primeiras informações, no topo do documento, devem ser os dados pessoais (idade, contato, telefone). Um equívoco comum é a inserção de mais de um e-mail ou de um e-mail composto por apelido, o que pode confundir quem lê e comprometer a seriedade do profissional.

Os tópicos seguintes são referentes ao resumo profissional e objetivo de carreira. No resumo, o profissional deve apresentar uma síntese de suas experiências no mercado de trabalho, reforçando as atividades em que se destaca. Uma dica é descrever as qualificações e atribuições que se repetem ao longo da carreira como a atuação em um determinando segmento ou sólida experiência em alguma atividade. Já o objetivo deve se restringir ao tipo de desafio e cargo que o candidato espera alcançar.

Na descrição de nível de idiomas o correto é citar apenas a proficiência na língua, e deve-se evitar dividir a informação por fala, escrita, leitura e conversação, pois dificulta a compreensão da real habilidade do candidato. O nível presente no currículo deve ser coerente. Alguns profissionais acreditam que ao superestimar o seu nível em determinado idioma podem ser beneficiados nos critérios de corte para seleção. O grande problema é o constrangimento durante as entrevistas, quando os profissionais são testados e caem em total descrédito.

Ao discorrer sobre a experiência profissional, o candidato precisa transmitir as informações de forma objetiva. É importante indicar o diferencial da sua atuação em cada cargo ou passagem, reforçando projetos realizados e resultados obtidos. Outro cuidado é quanto às datas de entrada e saída da empresa. Muitos costumam colocar as datas referentes a cada mudança de cargo em uma mesma organização. Para quem está lendo o CV, no entanto, muitas vezes de forma rápida, a impressão é de que o profissional é instável e saiu e retornou à mesma empresa diversas vezes. Neste caso, a dica é destacar a posição e deixar a data como um detalhe complementar, sem grifos ou negritos, por exemplo.

Antes de finalizar o currículo, certifique-se de que há um padrão na formatação. Prefira a letra Arial, no tamanho10, como recomenda a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). O documento deve ser em texto corrido, sem tabelas ou gráficos. É essencial uma boa revisão ortográfica. O tamanho ideal de um CV é duas páginas ou no máximo três, caso o tempo de experiência do profissional justifique.

Os profissionais devem ter em mente que é preciso dedicação, concentração e tempo para fazer o currículo – ao terminá-lo, é importante ler e reler o documento. Ter o CV sempre pronto e atualizado é a melhor forma para não perder oportunidades.

* Jorge Martins é gerente da divisão de Vendas & Marketing da Robert Half  no Rio de Janeiro