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Não existe currículo perfeito

O dia a dia de um headhunter tem muitas reuniões, entrevistas e conversas por telefone. Mas nada é tão comum para um recrutador do que as dezenas, talvez centenas de currículos que chegam todos os dias à sua caixa de emails. É uma quantidade expressiva e, verdade seja dita, dificilmente todos eles conseguem conquistar sua atenção. Para muitos profissionais, ter um currículo bem-feito e completo é garantia de visibilidade no […] Leia mais

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Fernando Mantovani — Sua Carreira, Sua Gestão

Publicado em 14 de maio de 2014 às, 09h03.

Última atualização em 24 de fevereiro de 2017 às, 08h29.

O dia a dia de um headhunter tem muitas reuniões, entrevistas e conversas por telefone. Mas nada é tão comum para um recrutador do que as dezenas, talvez centenas de currículos que chegam todos os dias à sua caixa de emails. É uma quantidade expressiva e, verdade seja dita, dificilmente todos eles conseguem conquistar sua atenção.

Para muitos profissionais, ter um currículo bem-feito e completo é garantia de visibilidade no mercado. A realidade é um pouco diferente. É claro que um resumo de atividades conciso e bem construído é uma ferramenta muito importante e causa boa impressão nos recrutadores. Mas é preciso mais do que um currículo perfeito para conseguir um bom emprego.

Normalmente, os profissionais que são contratados para as melhores posições possuem três características além do currículo bem construído: uma boa e confiável rede de contatos, um perfil comportamental de destaque e um histórico de realizações profissionais consistente. Mesmo o mais completo dos currículos conseguiria demonstrar apenas este último item – e ainda assim, parcialmente.

O trabalho do recrutador começa com o recebimento do currículo de um candidato – e nem sempre ele chega por email. Pode ser por uma indicação, uma busca em redes sociais ou acessando o próprio banco de dados da empresa de recrutamento. Outras etapas do processo de seleção exigem busca de referências (que são obtidas com a rede de contatos), entrevistas e testes (que conseguem demonstrar o perfil comportamental).

O que se percebe, na prática, é que os profissionais são muito preocupados em ter um bom currículo – mas se esquecem de que, por trás disso tudo, é preciso ter uma boa carreira. E isso só se conquista com realizações, habilidades sociais e relacionamentos.