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Meio cheio, meio vazio

O ano de 2014 tem sido desafiador para quase todas as empresas. Não porque estejamos em tempos claros de crise e redução de custos e investimentos, nem porque o mercado esteja tão aquecido que a falta de talentos e a rotatividade impedem que as empresas atinjam seu melhor potencial. Na verdade, esses dois cenários andam juntos, e tem sido difícil para que os líderes das empresas decidam que rumo tomar. […] Leia mais

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Fernando Mantovani — Sua Carreira, Sua Gestão

Publicado em 8 de outubro de 2014 às, 09h00.

Última atualização em 24 de fevereiro de 2017 às, 08h18.

O ano de 2014 tem sido desafiador para quase todas as empresas. Não porque estejamos em tempos claros de crise e redução de custos e investimentos, nem porque o mercado esteja tão aquecido que a falta de talentos e a rotatividade impedem que as empresas atinjam seu melhor potencial. Na verdade, esses dois cenários andam juntos, e tem sido difícil para que os líderes das empresas decidam que rumo tomar.

Muitos conhecem a história do otimista que vê o “copo meio cheio” e do pessimista que vê o “copo meio vazio”. Mas e se o cenário for mais complexo que isso? E se o copo, na verdade, estiver meio cheio e também meio vazio? No mundo dos negócios, não é possível ver somente um desses lados. Ser realista e considerar os pontos positivos e negativos de cada cenário talvez seja a melhor estratégia.

Conversando com presidentes de empresas e outros tomadores de decisão, a sensação é que muitos aproveitam momentos como o atual para “separar o joio do trigo”, substituir profissionais com baixa produtividade ou perfis inadequados para o momento de suas empresas e investir no que consideram verdadeiros talentos. Um CEO recentemente comentou que vê o cenário atual com bons olhos, já que pode se preocupar menos com a rotatividade dos profissionais e ter tranquilidade para desenhar programas estruturados de desenvolvimento e treinamento. Outros continuam preocupados por não terem sinais claros de como o mercado irá se comportar nos próximos meses.

Já que os futurólogos não existem, resta às empresas seguir com seus planos de negócio de longo prazo e entender que, independentemente da quantidade de água dentro do copo, o importante é enchê-lo.