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Inteligência Artificial: habilidades em alta

Manter-se competitivo na transformação digital requer a aquisição e o aprimoramento constante de habilidades técnicas e comportamentais

O segredo para se manter um profissional diferenciado está na atitude de eterno aprendiz (mathisworks/Getty Images)
O segredo para se manter um profissional diferenciado está na atitude de eterno aprendiz (mathisworks/Getty Images)

A era da inteligência artificial (IA) traz inúmeros desafios e um deles é adquirir ou aprimorar habilidades que passam a ser mais valorizadas pelo mercado de trabalho. Pensando no presente e no futuro, é indispensável cuidar da bagagem técnica e comportamental, considerando as constantes mudanças e novas exigências impostas pela transformação digital. 

O segredo para se manter um profissional diferenciado está na atitude de eterno aprendiz. É preciso ter agilidade, curiosidade e disponibilidade para ampliar o repertório de conhecimento e experiência. De hobbies a cursos de especialização, muitos esforços ajudam. 

Mas o que, afinal, as organizações esperam dos profissionais? Abordamos esse assunto em um episódio recente do Robert Half Talks. No topo das expectativas estão o domínio da tecnologia e a proficiência em inglês.  

O uso de tecnologias mais sofisticadas passa a ser um requisito esperado não apenas de profissionais especializados em TI, mas de todos que trabalham e almejam crescer na carreira. Trata-se de saber utilizar muito mais do que o pacote básico e de se manter atualizado.  

Exemplo: um profissional com atuação na área de negócios precisa ter fluência em dados. E a partir daí, não pode se acomodar e parar no tempo. Novas ferramentas e aplicações sempre surgirão e devem ser incorporadas ao seu dia a dia.  

Não é exagero comparar o status do domínio de tecnologia com o status que a fluência em inglês sempre teve. Hoje, profissionais com tech skills bem desenvolvidas contam com uma vantagem competitiva considerável, saindo na frente em várias oportunidades. 

O peso da fluência em inglês já é bem conhecido. Entretanto, poucos profissionais conseguem atender essa demanda do mercado. Segundo um estudo recente realizado pelo British Council, a estimativa é que, atualmente, 5% dos brasileiros falem inglês em algum nível, e desses, apenas 1% possua fluência no idioma. 

O diploma de um curso universitário continua sendo uma conquista essencial. Em algumas áreas, porém, essa tradição tão arraigada à cultura nacional está se modificando. Em TI, demonstrar bom desempenho na prática pode ser até mais valioso do que determinada formação universitária.  

As soft skills seguem em alta. Aliás, elas são cada vez mais valorizadas pelas companhias. Boa comunicação, iniciativa, cooperação, resiliência, ética, empatia e outras competências socioemocionais fazem brilhar os olhos do mercado. Há o consenso de que sem as soft skills as habilidades técnicas acabam se perdendo.     

Como adotar a atitude de eterno aprendiz 

Ninguém nasce sabendo, por isso a capacidade de aprender é tão importante. Comento, a seguir, sobre três estilos de aprendizagem que são muito úteis e comuns, mas nem sempre nos damos conta disso: 

- auditiva – os aprendizes auditivos aprendem com facilidade quando ouvem e falam sobre determinado assunto. Escutar podcasts, instruções gravadas em áudio, fazer perguntas e contar sobre o que aprendeu fazem parte desse processo; 

- visual – os aprendizes visuais se saem melhor com o uso de infográficos, símbolos, ícones e outros recursos similares. As imagens irão ajudá-los na assimilação e fixação do conteúdo. Livros, sites e vídeos com essa característica bem como as próprias anotações organizadas de uma forma mais visual serão eficazes;  

- tátil – os aprendizes táteis, ou cinestésicos, são aqueles que aprendem na prática, fazendo. Sem a experiência concreta, a teoria não faz muito sentido para eles e acaba não sendo absorvida. Aqui, é importante buscar situações em que seja possível pôr a mão na massa de imediato, seja depois de uma aula, um vídeo ou uma leitura.  

Há inúmeros outros métodos de aprendizagem, pois esse é um caminho sempre em construção e que pode ser criado e customizado por cada aprendiz. O principal é se manter firme no propósito de apostar no aperfeiçoamento profissional, suprindo possíveis deficiências e melhorando o que já é bom.  

As empresas podem contribuir para essa missão, apoiando os funcionários com treinamentos, incentivos para cursos, oferta de mentorias, desenvolvimento de universidades corporativas, entre outras possibilidades. Certamente, os resultados valerão os investimentos. 

Aqui, neste Blog, você encontra outros artigos sobre carreira, gestão e mercado de trabalho. Também é possível ter mais informações sobre os temas na Central do Conhecimento do site da Robert Half. Se você gosta de podcasts, não deixe de acompanhar o Robert Half Talks. 

*por Fernando Mantovani, diretor-geral da Robert Half para a América do Sul e autor do livro Para quem está na chuva… e não quer se molhar