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Como usar a IA para impulsionar a criatividade no ambiente de trabalho

A tecnologia deve ser aliada da inovação, otimizando tarefas e liberando espaço para soluções estratégicas

Como usar a IA para impulsionar a criatividade no ambiente de trabalho (Freepik)
Como usar a IA para impulsionar a criatividade no ambiente de trabalho (Freepik)

O Guia Salarial 2025 da Robert Half destacou uma tendência crescente: o uso da inteligência artificial (IA) para aumentar a criatividade e a eficiência nas empresas. Com o Dia Mundial da Criatividade se aproximando, é um bom momento para discutir como a tecnologia pode liberar profissionais de tarefas repetitivas, permitindo foco em inovações e soluções estratégicas.

Dados do Guia indicam que 87% das empresas já incentivam o uso da IA generativa para otimizar tarefas rotineiras, enquanto 47% dos profissionais a utilizam quase todos os dias no trabalho. A IA está deixando de ser apenas uma ferramenta de automação e virando uma parceira criativa, contribuindo com insights e soluções que complementam o pensamento humano.

Embora possa assumir tarefas mecânicas e repetitivas, a tecnologia não substitui a criatividade humana. Pelo contrário, ela colabora na criação de ideias, tornando o processo mais encorpado e eficiente. Ferramentas de IA podem fornecer sugestões para designs, redigir rascunhos iniciais ou mesmo gerar análises preditivas que guiam decisões mais criativas e estratégicas. A imaginação é o limite.

A seguir, compartilho algumas sugestões de IAs gratuitas para potencializar a sua criatividade:

  • ChatGPT: A mais disseminada entre as IAs generativas, facilita brainstorms e cria rascunhos de textos;
  • DALL·E: Gera imagens a partir de descrições textuais, ideal para quem busca inspiração visual;
  • Taskade: Facilita a geração de tarefas, blocos e fluxos de trabalho, estruturando todos os tipos de projetos, desde propostas e apresentações a e-mails e pitches de vendas;


Como a IA pode potencializar a criatividade?

  1. Otimização de tarefas rotineiras: Deixe que a IA lide com tarefas administrativas ou operacionais, como organização de dados, permitindo foco em inovação;
  2. Geração de insights: Ferramentas de IA podem analisar grandes volumes de dados rapidamente, fornecendo insights para embasar decisões criativas;
  3. Criação colaborativa: Algumas ferramentas atuam como "co-autores", oferecendo ideias ou alternativas para designs, textos e até estratégias de marketing, promovendo um ambiente colaborativo entre IA e humanos.

Na minha visão, empresas que integram IA em seus processos criativos conseguem liberar o potencial humano para o pensamento estratégico. Como costumo sempre reforçar, o desenvolvimento da tecnologia não é sobre substituir, mas sim complementar e potencializar os atributos humanos.

No entanto, para que essa integração aconteça de forma eficiente, é importante promover uma cultura de inovação, incentivando a equipe a explorar novas ferramentas. Oferecer treinamentos também é interessante para que as equipes conheçam e saibam utilizar as tecnologias mais aderentes às suas áreas de atuação. Por último, mas não menos importante, manter o foco no ser humano é essencial. Valorize a empatia, o senso crítico e as próprias vivências de cada profissional, qualidades que a IA não substitui.

A inteligência artificial, quando bem aplicada, não apenas otimiza processos, mas libera o espaço necessário para que as pessoas possam inovar e criar com mais liberdade. No futuro do trabalho, nada será mais poderoso do que a combinação entre o poder da IA e o talento humano. Aposte nisso desde já.

Aqui, neste Blog, você encontra outros artigos sobre carreira, gestão e mercado de trabalho. Também é possível ter mais informações sobre os temas na Central do Conhecimento do site da Robert Half. Se você gosta de podcasts, não deixe de acompanhar o Robert Half Talks.

*por Fernando Mantovani, diretor-geral da Robert Half para a América do Sul e autor do livro Para quem está na chuva… e não quer se molhar