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Como se tornar indispensável

Pesquisa da Robert Half prevê aumento de contratações, momento ideal para profissionais se atualizarem e apresentarem seus diferenciais ao mercado

Investir na carreira é o tipo de ação sobre a qual muito se fala e pouco se faz (Richard Drury/Getty Images)

Publicado em 30 de junho de 2023 às 08h30.

Há seis anos monitoramos a percepção de trabalhadores qualificados (a partir dos 25 anos com formação superior) e de recrutadores sobre o mercado e o cenário econômico. Por ser elaborado trimestralmente e ouvir 1.161 profissionais de diferentes áreas de atuação e regiões, o Índice de Confiança Robert Half (ICRH) gera um retrato bastante fiel da realidade. Na 24ª edição do estudo, lançado em junho, um dos pontos altos é a perspectiva mais otimista em relação às contratações.

De acordo com a pesquisa, 22,7% das empresas afirmam que a intenção de contratar será mais alta nos próximos meses do que é atualmente. Hoje, 17,5% das companhias dizem que a intenção é alta ou muito alta. No comparativo com o último trimestre, houve um acréscimo de 4,7 pp nas projeções de contratação para o futuro e de 1,5 pp nas intenções de contratação para o presente.

O movimento fica ainda mais positivo se considerarmos as intenções de demissão. Quando questionados sobre as projeções da empresa em dispensar funcionários, 63% dos recrutadores responderam que elas são baixas. No próximo semestre, 89% acreditam que as intenções se manterão iguais ou ainda menores.

A pesquisa também detectou que 59% dos profissionais consideram a atual situação econômica ruim e 39% não enxergam alguma mudança de cenário no futuro próximo. Em contrapartida, 26% esperam uma melhora da situação nos próximos seis meses.

Embora exista uma percepção negativa da atual conjuntura, 57% dos profissionais entrevistados se sentem seguros quanto à manutenção dos seus empregos, o que representa um incremento de 2 pp em relação ao último período avaliado. Analisando o contexto dos próximos seis meses, 67% pensam que a situação tende a se manter igual, enquanto 13% pressupõem um aumento nessa confiança.

Todos esses dados sinalizam que o momento é propício para os profissionais buscarem se atualizar e destacar seus diferenciais, seja para fortalecer a posição na empresa onde estão, seja para conquistar uma vaga. Tornar-se indispensável, com uma bagagem teórica e prática diferenciada, é o melhor caminho para ascender em uma organização ou realizar movimentações bem-sucedidas.

Acelere o desenvolvimento profissional

Investir na carreira é o tipo de ação sobre a qual muito se fala e pouco se faz. Afinal, esse investimento requer a árdua tarefa de avaliar-se e agir sem a pressão externa de um chefe ou cliente. Para evitar o risco de procrastinação, sugiro a adoção de seis passos estratégicos, que ajudam a acelerar o autodesenvolvimento profissional. São eles:

- planeje sua carreira – é básico e essencial ter um plano com metas e prazos para a evolução profissional, considerando o ponto de partida e o ponto de chegada desejado, seja um cargo, empresa ou uma mudança de área. Sem isso, o profissional fica ao sabor dos ventos;

- reconheça seus pontos fortes e fracos – apenas quem conhece a fundo as próprias qualidades e limitações consegue lidar bem com elas. É importante avaliar tanto as habilidades técnicas quanto as comportamentais;

- tire seu plano do papel – colocar em prática tudo o que foi pensado e planejado é o que garantirá o sucesso dessa jornada. Comemorar as pequenas vitórias contribui para manter o pique em alta e enfrentar os desafios que venham a surgir;

- estabeleça um ritmo de aprendizado viável – depois de identificar o que precisa ser melhorado, é hora de encontrar soluções como um curso de idioma, uma especialização ou até mesmo uma terapia. Aprender envolve tempo, dinheiro e dedicação, então é preciso ser realista quanto à disponibilidade para esse processo;

- busque inspiração, mas com critério – inspirar-se em ideias e pessoas que você admira é uma boa pedida para aumentar a motivação enquanto executa seu plano. Não se esqueça, entretanto, de levar em conta suas características e seus potenciais, que são únicos;

- faça uma revisão periódica do plano – um mundo em constante transformação exige que o plano de carreira seja revisto de tempos em tempos. Se o mercado, ou você, mudou de alguma forma, será necessário ajustar a rota para essa nova realidade.

O autodesenvolvimento é um dos processos mais importantes e difíceis de uma carreira profissional. Algumas lideranças e empresas, cientes disso, apoiam seus funcionários com mentoria, investimento financeiro, treinamentos, entre outras ações. O principal, porém, é manter o foco no objetivo e persistir. Afinal, somos nós os protagonistas de nossas carreiras. Aqui, neste blog , você encontra outros artigos sobre carreira, gestão e mercado de trabalho. Também é possível ter mais informações sobre os temas na Central do Conhecimento do site da Robert Half. Se você gosta de podcasts, não deixe de acompanhar o Robert Half Talks .

*Fernando Mantovani é diretor-geral da Robert Half para a América do Sul e autor do livro Para quem está na chuva… e não quer se molhar

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Há seis anos monitoramos a percepção de trabalhadores qualificados (a partir dos 25 anos com formação superior) e de recrutadores sobre o mercado e o cenário econômico. Por ser elaborado trimestralmente e ouvir 1.161 profissionais de diferentes áreas de atuação e regiões, o Índice de Confiança Robert Half (ICRH) gera um retrato bastante fiel da realidade. Na 24ª edição do estudo, lançado em junho, um dos pontos altos é a perspectiva mais otimista em relação às contratações.

De acordo com a pesquisa, 22,7% das empresas afirmam que a intenção de contratar será mais alta nos próximos meses do que é atualmente. Hoje, 17,5% das companhias dizem que a intenção é alta ou muito alta. No comparativo com o último trimestre, houve um acréscimo de 4,7 pp nas projeções de contratação para o futuro e de 1,5 pp nas intenções de contratação para o presente.

O movimento fica ainda mais positivo se considerarmos as intenções de demissão. Quando questionados sobre as projeções da empresa em dispensar funcionários, 63% dos recrutadores responderam que elas são baixas. No próximo semestre, 89% acreditam que as intenções se manterão iguais ou ainda menores.

A pesquisa também detectou que 59% dos profissionais consideram a atual situação econômica ruim e 39% não enxergam alguma mudança de cenário no futuro próximo. Em contrapartida, 26% esperam uma melhora da situação nos próximos seis meses.

Embora exista uma percepção negativa da atual conjuntura, 57% dos profissionais entrevistados se sentem seguros quanto à manutenção dos seus empregos, o que representa um incremento de 2 pp em relação ao último período avaliado. Analisando o contexto dos próximos seis meses, 67% pensam que a situação tende a se manter igual, enquanto 13% pressupõem um aumento nessa confiança.

Todos esses dados sinalizam que o momento é propício para os profissionais buscarem se atualizar e destacar seus diferenciais, seja para fortalecer a posição na empresa onde estão, seja para conquistar uma vaga. Tornar-se indispensável, com uma bagagem teórica e prática diferenciada, é o melhor caminho para ascender em uma organização ou realizar movimentações bem-sucedidas.

Acelere o desenvolvimento profissional

Investir na carreira é o tipo de ação sobre a qual muito se fala e pouco se faz. Afinal, esse investimento requer a árdua tarefa de avaliar-se e agir sem a pressão externa de um chefe ou cliente. Para evitar o risco de procrastinação, sugiro a adoção de seis passos estratégicos, que ajudam a acelerar o autodesenvolvimento profissional. São eles:

- planeje sua carreira – é básico e essencial ter um plano com metas e prazos para a evolução profissional, considerando o ponto de partida e o ponto de chegada desejado, seja um cargo, empresa ou uma mudança de área. Sem isso, o profissional fica ao sabor dos ventos;

- reconheça seus pontos fortes e fracos – apenas quem conhece a fundo as próprias qualidades e limitações consegue lidar bem com elas. É importante avaliar tanto as habilidades técnicas quanto as comportamentais;

- tire seu plano do papel – colocar em prática tudo o que foi pensado e planejado é o que garantirá o sucesso dessa jornada. Comemorar as pequenas vitórias contribui para manter o pique em alta e enfrentar os desafios que venham a surgir;

- estabeleça um ritmo de aprendizado viável – depois de identificar o que precisa ser melhorado, é hora de encontrar soluções como um curso de idioma, uma especialização ou até mesmo uma terapia. Aprender envolve tempo, dinheiro e dedicação, então é preciso ser realista quanto à disponibilidade para esse processo;

- busque inspiração, mas com critério – inspirar-se em ideias e pessoas que você admira é uma boa pedida para aumentar a motivação enquanto executa seu plano. Não se esqueça, entretanto, de levar em conta suas características e seus potenciais, que são únicos;

- faça uma revisão periódica do plano – um mundo em constante transformação exige que o plano de carreira seja revisto de tempos em tempos. Se o mercado, ou você, mudou de alguma forma, será necessário ajustar a rota para essa nova realidade.

O autodesenvolvimento é um dos processos mais importantes e difíceis de uma carreira profissional. Algumas lideranças e empresas, cientes disso, apoiam seus funcionários com mentoria, investimento financeiro, treinamentos, entre outras ações. O principal, porém, é manter o foco no objetivo e persistir. Afinal, somos nós os protagonistas de nossas carreiras. Aqui, neste blog , você encontra outros artigos sobre carreira, gestão e mercado de trabalho. Também é possível ter mais informações sobre os temas na Central do Conhecimento do site da Robert Half. Se você gosta de podcasts, não deixe de acompanhar o Robert Half Talks .

*Fernando Mantovani é diretor-geral da Robert Half para a América do Sul e autor do livro Para quem está na chuva… e não quer se molhar

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