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Chefe não é amigo

Ter uma relação saudável com a equipe é uma coisa, mas ter a necessidade de que todos gostem de você é completamente diferente

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Publicado em 21 de julho de 2017 às 07h00.

Última atualização em 25 de julho de 2017 às 08h30.

Parece contraditório, depois de tantos posts que fiz falando sobre a importância do bom relacionamento com a equipe, da troca e da transparência por parte dos gestores e seu time, escrever um artigo com esse título. Mas o que vou dizer aqui é a mais pura verdade para quem gere uma equipe, e não é de uma forma ruim que vou colocar isso.

Tem uma passagem do livro Onze Anéis, de Phil Jackson, o maior treinador da história da NBA, que diz que “você nunca será um técnico se tem necessidade de ser amado”. No livro, ele conta que falou isso a um jogador que aspirava ser um técnico um dia, mas que, naquele momento, prezava mais ser o cara legal e se divertir, sem se indispor com o restante da equipe. Segundo ele, “às vezes não importa se você é um cara muito legal. Em certos momentos, você tem que ser sórdido, antipático e desagradável”. E isso não faz de você um monstro, mas, sim, faz parte do jogo.

No mundo corporativo, é a mesma coisa. Que gestor nunca se viu preterido de um almoço com a equipe ou não foi convidado para o tradicional happy hour da sexta-feira? Isso não significa que você não é um bom líder, mas sim que, em diversos momentos, cada um precisa ficar “em seu quadrado”.

Você dita o ritmo

O bom relacionamento é sempre bom, mas um gestor tem que entender que é ele quem dita o ritmo, é ele quem responde pelos resultados e é para ele que as pessoas reportam. Ter uma relação saudável com a equipe é uma coisa, mas ter a necessidade de que todos gostem de você é completamente diferente. Lembre-se: você está no comando e, se estiver mais preocupado em agradar e ser bem visto, no final do dia você não conseguirá mais fazer o seu papel de líder.

Fernando Mantovani é diretor geral daRobert Half

Parece contraditório, depois de tantos posts que fiz falando sobre a importância do bom relacionamento com a equipe, da troca e da transparência por parte dos gestores e seu time, escrever um artigo com esse título. Mas o que vou dizer aqui é a mais pura verdade para quem gere uma equipe, e não é de uma forma ruim que vou colocar isso.

Tem uma passagem do livro Onze Anéis, de Phil Jackson, o maior treinador da história da NBA, que diz que “você nunca será um técnico se tem necessidade de ser amado”. No livro, ele conta que falou isso a um jogador que aspirava ser um técnico um dia, mas que, naquele momento, prezava mais ser o cara legal e se divertir, sem se indispor com o restante da equipe. Segundo ele, “às vezes não importa se você é um cara muito legal. Em certos momentos, você tem que ser sórdido, antipático e desagradável”. E isso não faz de você um monstro, mas, sim, faz parte do jogo.

No mundo corporativo, é a mesma coisa. Que gestor nunca se viu preterido de um almoço com a equipe ou não foi convidado para o tradicional happy hour da sexta-feira? Isso não significa que você não é um bom líder, mas sim que, em diversos momentos, cada um precisa ficar “em seu quadrado”.

Você dita o ritmo

O bom relacionamento é sempre bom, mas um gestor tem que entender que é ele quem dita o ritmo, é ele quem responde pelos resultados e é para ele que as pessoas reportam. Ter uma relação saudável com a equipe é uma coisa, mas ter a necessidade de que todos gostem de você é completamente diferente. Lembre-se: você está no comando e, se estiver mais preocupado em agradar e ser bem visto, no final do dia você não conseguirá mais fazer o seu papel de líder.

Fernando Mantovani é diretor geral daRobert Half

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