As lições de La Casa de Papel sobre o trabalho em equipe
Trabalhar em equipe implica conviver com pessoas de opiniões diferentes, objetivos distintos e com outras maneiras de enxergar o mundo
patalv01
Publicado em 6 de abril de 2018 às 17h41.
Última atualização em 6 de abril de 2018 às 17h48.
Há algum tempo eu comentei aqui sobre os ensinamentos de liderança refletidos na personagem do Professor, da série espanhola “La Casa de Papel”. Estratégico, empático e seguro, o Professor tem qualidades que são muito importantes a um líder no mundo corporativo, desde a escolha certeira de cada membro da equipe, até a forma de lidar com a situação quando tudo parece sair do controle.
Hoje, dia de estreia da nova temporada da série – que eu ainda não vi – gostaria de focar no trabalho em equipe e na importância disso para o sucesso de uma operação, seja na ficção ou na realidade.
Cada um com a sua responsabilidade, mas com foco no todo
O Professor selecionou a dedo os oito integrantes que fariam parte da execução do seu plano. Cada um tinha uma expertise diferente que, quando trabalhadas em conjunto, garantiriam o sucesso do plano. No entanto, apesar dos conhecimentos técnicos de cada um serem diferentes, uma habilidade comportamental deveria ser comum entre todos os membros do time: a capacidade de trabalhar em equipe.
Na primeira temporada, apesar de alguns deslizes e desentendimentos comuns em momentos de estresse, o grupo conseguiu focar no todo, se apropriar da operação e garantir, pelo menos até o final do 13º episódio, que o plano corresse conforme o combinado – inclusive em meio a situações adversas, já previstas e treinadas anteriormente ( alerta de spoiler: ouvi dizer que, na segunda temporada, um comportamento mais individualista pode colocar o plano em risco ).
Numa empresa é a mesma coisa. Os talentos são contratados de acordo com a sua função e conhecimento, levando em consideração a atividade principal que cada um exercerá. Trabalhar em equipe implica em conviver com pessoas de opiniões diferentes, objetivos distintos e com outras maneiras de enxergar o mundo. Saber lidar com essas diferenças e utilizá-las de maneira positiva é fundamental para o sucesso de um negócio.
Vale ressaltar, claro, que o gestor da equipe deve fazer o papel do Professor, contendo os ânimos quando necessário e colocando a equipe de volta aos trilhos.
Atitude de dono
A atitude de dono é a mentalidade diferenciada de quem acredita no negócio, veste a camisa e deseja ver a empresa prosperar como um todo. Na série, motivado pelo dinheiro que ganharia ao final da operação, o time vestiu a camisa – literalmente, de macacões vermelhos e máscaras – em prol de um objetivo comum, influenciando uns aos outros a seguirem em frente.
No mundo corporativo, pessoas com essa característica são interessadas e curiosas pela empresa e demonstram proatividade e autonomia para tomar decisões e entregar resultados. Segundo minha experiência de mais de 10 anos no mercado de recrutamento, quando uma pessoa já tem essa característica, ela espalha essa cultura pela empresa, motiva os demais e engaja.
Falando nisso, motivação e engajamento devem ser preocupações constantes das empresas, afinal, o capital humano é, sem dúvida, o principal pilar de uma instituição.
O que esperar dessa próxima temporada da série? E que outras lições para o mundo corporativo podemos tirar dela?
* Fernando Mantovani é diretor geral da Robert Half
Há algum tempo eu comentei aqui sobre os ensinamentos de liderança refletidos na personagem do Professor, da série espanhola “La Casa de Papel”. Estratégico, empático e seguro, o Professor tem qualidades que são muito importantes a um líder no mundo corporativo, desde a escolha certeira de cada membro da equipe, até a forma de lidar com a situação quando tudo parece sair do controle.
Hoje, dia de estreia da nova temporada da série – que eu ainda não vi – gostaria de focar no trabalho em equipe e na importância disso para o sucesso de uma operação, seja na ficção ou na realidade.
Cada um com a sua responsabilidade, mas com foco no todo
O Professor selecionou a dedo os oito integrantes que fariam parte da execução do seu plano. Cada um tinha uma expertise diferente que, quando trabalhadas em conjunto, garantiriam o sucesso do plano. No entanto, apesar dos conhecimentos técnicos de cada um serem diferentes, uma habilidade comportamental deveria ser comum entre todos os membros do time: a capacidade de trabalhar em equipe.
Na primeira temporada, apesar de alguns deslizes e desentendimentos comuns em momentos de estresse, o grupo conseguiu focar no todo, se apropriar da operação e garantir, pelo menos até o final do 13º episódio, que o plano corresse conforme o combinado – inclusive em meio a situações adversas, já previstas e treinadas anteriormente ( alerta de spoiler: ouvi dizer que, na segunda temporada, um comportamento mais individualista pode colocar o plano em risco ).
Numa empresa é a mesma coisa. Os talentos são contratados de acordo com a sua função e conhecimento, levando em consideração a atividade principal que cada um exercerá. Trabalhar em equipe implica em conviver com pessoas de opiniões diferentes, objetivos distintos e com outras maneiras de enxergar o mundo. Saber lidar com essas diferenças e utilizá-las de maneira positiva é fundamental para o sucesso de um negócio.
Vale ressaltar, claro, que o gestor da equipe deve fazer o papel do Professor, contendo os ânimos quando necessário e colocando a equipe de volta aos trilhos.
Atitude de dono
A atitude de dono é a mentalidade diferenciada de quem acredita no negócio, veste a camisa e deseja ver a empresa prosperar como um todo. Na série, motivado pelo dinheiro que ganharia ao final da operação, o time vestiu a camisa – literalmente, de macacões vermelhos e máscaras – em prol de um objetivo comum, influenciando uns aos outros a seguirem em frente.
No mundo corporativo, pessoas com essa característica são interessadas e curiosas pela empresa e demonstram proatividade e autonomia para tomar decisões e entregar resultados. Segundo minha experiência de mais de 10 anos no mercado de recrutamento, quando uma pessoa já tem essa característica, ela espalha essa cultura pela empresa, motiva os demais e engaja.
Falando nisso, motivação e engajamento devem ser preocupações constantes das empresas, afinal, o capital humano é, sem dúvida, o principal pilar de uma instituição.
O que esperar dessa próxima temporada da série? E que outras lições para o mundo corporativo podemos tirar dela?
* Fernando Mantovani é diretor geral da Robert Half