Abra caminho para elas
Segundo 49% das profissionais que responderam a um questionário on-line da Robert Half, em fevereiro deste ano, menos de 5% das posições de lideranças são ocupadas por mulheres em suas empresas. Quando subimos os degraus na hierarquia, descobrimos que elas ocupam menos de 4% dos cargos de CEO no Brasil (Gran Thornton). Se olharmos para trás, constatamos que algumas vitórias já foram conquistadas, mas não podemos negar que ainda há, […] Leia mais
Publicado em 4 de março de 2016 às, 18h17.
Última atualização em 24 de fevereiro de 2017 às, 07h44.
Segundo 49% das profissionais que responderam a um questionário on-line da Robert Half, em fevereiro deste ano, menos de 5% das posições de lideranças são ocupadas por mulheres em suas empresas. Quando subimos os degraus na hierarquia, descobrimos que elas ocupam menos de 4% dos cargos de CEO no Brasil (Gran Thornton).
Se olharmos para trás, constatamos que algumas vitórias já foram conquistadas, mas não podemos negar que ainda há, sim, um longo caminho a ser percorrido para a igualdade de gênero nas empresas. Não só no que diz respeito à equiparação salarial, mas também ao número de oportunidades de crescimento, desenvolvimento e respeito à presença feminina.
Particularmente, acredito que isso acontecerá de forma mais natural do que imaginamos, já que o Brasil conta hoje com 6,3 milhões de mulheres a mais que homens em sua composição demográfica, segundo o Pnad. Logo, é de se esperar que elas estejam cada vez mais presentes no mercado de trabalho, ainda mais se considerarmos outros fatores, como o de que, em geral, elas são mais escolarizadas que eles. No Brasil, as mulheres representam 60% dos graduados e detêm 51% dos diplomas de pós-graduação (Pnad).
As empresas com visão de futuro já têm programas bem estruturados para tratar a questão do gênero entre seus funcionários. Porém, situações em que as profissionais são questionadas em suas habilidades e capacidade de entrega simplesmente pelo fato de serem mulheres não são raras. É de espantar que em pleno século XXI, elas ainda sejam pressionadas a não engravidar ou tenham que ouvir comentários preconceituosos por parte dos colegas.
Disciplinadas, competentes e com muita vontade de crescer, as mulheres vêm com tudo. As empresas que não acompanharem essa transformação perderão competitividade e presença de mercado. Está mais do que na hora de abrir caminho para elas e dizer: sejam muito bem-vindas!